Intolerância

Youtuber Júlio Cocielo vira réu acusado de racismo após comentários no Twitter

Ministério Público acusou influenciador digital por postagens feitas entre 2011 e 2014

Por Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de setembro de 2020 | 14:00
 
 
 
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A juíza Cecilia Pinheiro da Fonseca, da 3ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo e colocou no banco dos réus o youtuber e influenciador digital Julio Cesar Pinto Cocielo por crime de racismo. A Promotoria aponta que Cocielo ‘praticou e incitou a discriminação e preconceito’ em razão de publicações feitas entre 2 de novembro de 2011 e 30 de junho de 2018 em seu perfil no Twitter.

O crime de racismo é imprescritível e prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, mais multa.

A decisão que recebeu a denúncia contra Cocielo foi proferida no último dia 8.

Para a Promotoria, Cocielo ‘reforça os estereótipos contra os negros numa mídia de largo alcance sua atividade profissional e sua fonte de renda, contribuindo de modo eficaz para a incitação e proliferação do racismo e de todas as suas consequências psíquicas, sociais, culturais, econômicas e políticas’.

A denúncia assinada pela promotora de Justiça Cristiana Steiner registra diferentes publicações de cunho racista feitas por Cocielo, entre elas uma que fez com que o youtuber perdesse diferentes patrocínios. Na ocasião, ele escreveu em seu Twitter: “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão top na praia hein”.

Em outro trecho da peça de acusação a Promotoria ressalta ainda que Cocielo ‘demonstra plena consciência do caráter racista das suas publicações, agindo com descaso para com as instituições repressivas e certo de sua impunidade’.

COM A PALAVRA, JULIO COCIELO

A reportagem busca contato com o youtuber. O espaço está aberto para manifestações.

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