Crime

Único médico sobrevivente a ataque no Rio grava vídeo e diz estar 'bem'

'Só algumas fraturas, mas vai dar certo', disse Daniel Sonnewend Proença; ataques a tiros vitimou três médicos, incluindo irmão da deputada Sâmia Bomfim, do PSOL

Por Lucyenne Landim
Publicado em 06 de outubro de 2023 | 13:31
 
 
 

O médico Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque a tiros em um quisoque na Barra da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, gravou um vídeo para informar que está "bem". O conteúdo foi publicado nesta sexta-feira (6) no Instagram pela jornalista Lu Barcelos.

"Pessoal, tô bem, viu? Tá tudo tranquilo, graças a Deus. Só algumas fraturas, mas vai dar certo. Vamos sair dessa juntos, tá?. Valeu pela preocupação. Obrigado!", diz Daniel, de 32 anos.

No ataque, ele teria levado 14 tiros, sendo dois de raspão, e ficado com 24 perfurações no tórax, intestino, pélvis, mão, pernas e pé. O médico passou por uma cirurgia de quase 10 horas no Hospital Municipal Lourenço Jorge. Um projétil foi retirado pelos médicos e outros dois ficaram alojados em seu corpo, sendo um na escápula, próximo ao ombro.

Acompanhe: Veja tudo que se sabe até agora sobre os três médicos assassinados no Rio de Janeiro

Outros três médicos morrem no ataque. Um deles é Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Os outros dois são Marcos Andrade Corsato e Perseu Ribeiro de Almeida. Eles eram de São Paulo e da Bahia, e estavam na capital carioca para um congresso de saúde. O crime foi por volta de 1h de quinta-feira (5), em frente ao Windsor Hotel, área nobre da Barra da Tijuca.

Câmeras de segurança registraram o momento dos assassinatos. As imagens mostram que as vítimas estavam sentadas em uma mesa do quiosque quando foram atingidas por tiros. Três homens, vestidos com roupas pretas, desceram de um carro branco e atacaram o grupo. Após atirar nos quatro, os criminosos voltaram correndo ao veículo e foram embora sem roubar nada.

Autoridades chegaram a pedir investigação por hipótese de crime com motivação política. A Polícia Federal (PF) adotou como uma de suas linhas de investigação que os quatro médicos podem ter sido alvo de um engano. Nessa linha, Perseu teria sido confundido com Taillon de Alcantara Pereira Barbosa, 26, acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de integrar a milícia de Rio das Pedras.

No início da madrugada desta sexta, as polícias Civil e Militar encontraram quatro corpos que seriam dos suspeitos de terem assassinado a tiros os três médicos. De acordo com investigadores, os cadáveres dos suspeitos estavam em dois pontos distintos da zona oeste --na Gardênia Azul havia um corpo no porta-malas de um carro, já nas proximidades do centro de convenções Riocentro, e outros três estavam em outro veículo.

A informação da denúncia à polícia foi que os mortos seriam integrantes de uma organização criminosa da Gardênia Azul, que possuem os apelidos Ryan, Preto Foso, BMW e Phillip Motta Pereira, o Lesk. Exames periciais serão realizados para confirmar as identidades.

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