Você já se sentiu exausta, mas mesmo assim correu para marcar um novo procedimento estético? Parece incoerente, mas esse comportamento é mais comum do que se imagina - e tem nome: beauty burnout. Trata-se do esgotamento causado pela busca constante por atender padrões de beleza que mudam o tempo todo, mas continuam exigindo o mesmo: perfeição.

Segundo a psicóloga e psicanalista convidada do Interessa, Camila Fardin, esse fenômeno não tem nada a ver com fraqueza. A verdade é que a pressão estética é massiva, diária e direcionada quase que exclusivamente às mulheres. A ideia de que precisamos ter o “corpo certo”, o “cabelo ideal” e até o “tom de voz adequado” é vendida o tempo todo e, hoje, ao alcance da palma da mão. Antes, os rostos perfeitos habitavam apenas as revistas. Hoje, eles vivem dentro do celular e nos acompanham no bolso, na cama, no espelho. A comparação é constante, e a sensação de inadequação cresce. Resultado? Uma urgência em “consertar” o corpo, mesmo que isso custe tempo, dinheiro e saúde mental.