Chupar chupeta pode acalmar, ajudar a dormir e até virar uma aliada em momentos de insegurança. Mas o uso prolongado traz riscos à saúde bucal. O mesmo vale para a mamadeira: o hábito repetitivo e a forma de sucção acabam influenciando diretamente no desenvolvimento da arcada dentária, na respiração, na fala e na mastigação da criança.
Ao contrário do que muita gente pensa, a amamentação no peito - ainda que também envolva sucção - não causa o mesmo impacto. Ela estimula o crescimento adequado da mandíbula e, após um período, deixa naturalmente de ser necessária. Já a chupeta e a mamadeira, se mantidas por muito tempo, podem favorecer o desalinhamento dos dentes, alterações na mordida e problemas futuros que vão além da estética.
Cuidar do sorriso das crianças é, na verdade, cuidar da saúde como um todo. Uma mordida torta pode influenciar o sono, causar ronco, gerar cansaço excessivo, interferir na fala e até abalar a autoestima. Por isso, observar sinais precoces é fundamental. A ortodontia preventiva pode entrar em cena antes mesmo dos dentes permanentes quanto mais cedo o acompanhamento, melhor o prognóstico.
Mas aí surgem dúvidas comuns: em que idade começar os cuidados? E como lidar com o medo do dentista? O ideal é que o primeiro contato com o profissional aconteça ainda na primeira infância, de forma lúdica, com empatia e acolhimento. Quando a ida ao dentista vira rotina e não castigo, a experiência muda e o sorriso também.
O que não dá é pra esperar doer. Prevenção é muito mais eficaz (e menos traumática) do que conserto.