O tempo passa, e com ele vem a certeza da finitude — mas, ainda assim, envelhecer continua sendo um dos maiores tabus da nossa sociedade. A passagem dos anos, que deveria ser encarada com naturalidade, muitas vezes é tratada com medo, negação ou silêncio.
Reagimos à velhice como se ela fosse uma falha do corpo, e não um processo inevitável da vida. Poucos se perguntam — ou perguntam aos outros — como gostariam de ser tratados quando envelhecerem.
E essa conversa, que deveria acontecer enquanto ainda há lucidez, desejos e escolhas, é frequentemente adiada até ser tarde demais. Falar sobre o tempo e a finitude é, no fundo, falar sobre respeito, autonomia e a forma como valorizamos a vida em todas as suas fases.