Muita gente só procura um otorrinolaringologista quando já está com dificuldade para ouvir ou sentindo zumbidos. Mas os cuidados com a saúde auditiva começa muito antes, lá no berçário, com o teste da orelhinha. A triagem auditiva universal permite detectar possíveis perdas ainda nos primeiros dias de vida, especialmente em bebês que passaram por situações de risco, como uso de antibióticos potentes ou transfusão sanguínea.
Se a criança é considerada de alto risco para surdez, o ideal é repetir os exames entre 6 meses e 1 ano de idade. E mesmo para quem não apresenta fatores de risco, é recomendável fazer uma audiometria por volta dos cinco anos, na fase escolar. A prevenção é a principal aliada para garantir o bom desenvolvimento da comunicação, da aprendizagem e da socialização.
Na vida adulta, a exposição constante ao barulho é outro ponto de atenção. Ruído, segundo o convidado do dia, o Dr. Eduardo Rossi, médico otorrinolaringologista, é qualquer som no trabalho, em shows, no trânsito ou até mesmo dentro de casa. O problema é que ruídos acima de 85 decibéis, quando frequentes, podem causar perdas auditivas irreversíveis. Por isso, no trabalho, por exemplo, o uso de equipamentos de proteção (EPI) é fundamental.
Cuidar da audição não é só ouvir bem: é preservar vínculos, garantir qualidade de vida e evitar o isolamento causado por perdas evitáveis. E tudo começa com uma simples consulta de rotina.