Na novela Vale Tudo, Odete Roitman foi certeira: “Casamento é uma condição deprimente para a mulher”. A fala da personagem de Débora Bloch, causou. Mas não é de tuuuudo um exagero. Em 2022, 47,7% dos divórcios no Brasil aconteceram antes dos 10 anos de casamento, um número que faz muita gente questionar se o modelo tradicional ainda funciona ou se o "felizes para sempre" está em crise.
Mas há um movimento curioso acontecendo. Mulheres (e homens) com mais de 30 anos, especialmente da Geração Z - aquela mesma conhecida por seus amores fluidos - estão resgatando o velho e bom romance: com pedido de noivado, aliança no dedo e cerimônia no altar. Segundo levantamento do The Times, 63% dos jovens dessa geração ainda valorizam o amor romântico, e 60% apontam a família como prioridade. Ao que tudo indica, o novo desejo não é liberdade plena, mas estabilidade emocional.
Ainda assim, o casamento segue sendo visto por alguns como prisão ou fracasso anunciado. E aí surgem as dúvidas: será que a busca pela liberdade a qualquer custo está nos afastando de vínculos reais? Existe mesmo um “pra sempre” possível ou o segredo está em saber a hora certa de encerrar ciclos, sem culpa nem medo?
Essas e outras questões estão no centro do debate do Interessa Podcast desta quinta-feira, com apresentação de Renata Zacaroni e comentários de Tatiana Lagoa e Thalita Martins. A convidada do dia é Drika Magno, psicóloga e psicoterapeuta, que traz reflexões sobre o amor, o compromisso e os novos modelos de relacionamento. O episódio vai ao ar às 14h nos canais O Tempo Livre (inscreva-se!) e O Tempo no YouTube.