Raiva, irritação, indignação, frustração… todo ser humano sente. Mas quando essas emoções vêm de uma mulher, o peso social é outro.
Desde a infância, meninas são incentivadas a controlar, suavizar as palavras e sorrir mais. Ao serem firmes ou assertivas, acabam sendo vistas como agressivas. Esse condicionamento cria um padrão: mulheres se policiam para não “passar do ponto” e evitar julgamentos. O problema não está na emoção em si. A questão é quem “pode” ou “não pode” senti-la. Homens com raiva são fortes. Mulheres, são loucas. Pessoas negras, perigosas. Crianças, malcriadas. Essa lente desigual distorce a percepção e, muitas vezes, silencia experiências legítimas.