Tradicionalmente associada à infância, a chupeta vem conquistando um novo público: os adultos. Nos últimos tempos, o acessório deixou o berço para aparecer como ferramenta contra o estresse, a ansiedade e as pressões do cotidiano. Boletos, prazos e responsabilidades parecem ter feito muitos recorrerem ao “bubu” como uma forma de conforto imediato.

Esse comportamento, porém, levanta reflexões profundas. Se, de um lado, observamos crianças cada vez mais adultizadas, de outro, vemos adultos cada vez mais infantilizados.

A adoção da chupeta revela, na prática, um desequilíbrio entre as três instâncias da personalidade descritas por Freud: o id (impulsos e prazer imediato), o superego (regras e valores) e o ego (mediação racional). 

Para o psicólogo Jailton Souza, presente no Interessa de hoje, o fenômeno escancara uma tentativa de escapar das pressões da vida adulta por meio de um recurso simbólico da infância. “A chupeta pode render likes ou sensação de alívio passageiro, mas não resolve as angústias reais e pode até dificultar a busca por soluções maduras”, explica.

Mais do que uma moda curiosa, a chupeta adulta provoca um alerta sobre como estamos lidando com nossas emoções. A questão que fica é: até que ponto estamos dispostos a regredir para enfrentar as pressões da vida?

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