Bloco Mama na Vaca atrai multidão no bairro Santo Antônio neste sábado

O relógio marcava 9h16 deste sábado (22 de fevereiro), quando instrumentos de sopro e percussão anunciaram o início do cortejo do Mama na Vaca, um dos mais tradicionais blocos de rua de Belo Horizonte, que chega a seu 16° ano de desfiles em 2025. No fim de semana que antecede o Carnaval, centenas de pessoas partiram da praça Cairo, no Santo Antônio, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, e devem seguir até a rua Leopoldina, no mesmo bairro. Lá, seguindo uma tradição que se repete a cada ano, um artista pintará a estátua de uma vaca, símbolo da agremiação. 

Antes mesmo da hora marcada para o início da concentração, foliões já se aglomeravam nas ruas do Santo Antônio para acompanhar a festa. Logo nas primeiras horas da manhã, o público, que reúne pessoas de praticamente todas as faixas etárias, já esbanjava animação com a festa que estava por começar. Grande parte deles, se fantasiou com roupas e adereços que fazem referência ao nome do Mama na Vaca.

Morador da Savassi, também na região Centro-Sul, o carioca Zepa Neves, 76, foi um dos primeiros a chegar ao bloco. Acompanhado da mulher, Ana Miglio, 78, o folião conta que se sempre foi um fã da festa. “Eu sou do Rio de Janeiro, nasci no Carnaval. E depois que me mudei para cá me apaixonei pelo Carnaval de Belo Horizonte”, conta ele, que caprichou nas cores da fantasia.

Com apenas 3 anos, a pequena Giulia Nogueira já aproveita o 3° cortejo do Mama na Vaca, dançando ao som do repertório que mescla marchinhas tradicionais e sucessos populares que marcaram o Carnaval nos anos 1990 e 2000. Pai da menina, o economista Luiz Felipe Nogueira, 39, faz questão de levar a criança para acompanhar a festa. “A gente mora pertinho e ela adora”, diz. 

Um dos fundadores do Mama na Vaca, Guto Borges se orgulha do fato de o grupo fazer parte da história de retomada do Carnaval de Belo Horizonte, há 16 anos. “Eu me sinto feliz. Nossa expectativa agora é conseguir manter as tradições da festa em BH, que é a banda de rua e fazer com que o público consiga evoluir com a bateria”, explica Borges.