Enquanto foliões reclamam da escassez de banheiros químicos nas ruas e das longas filas para utilizá-los, comerciantes oferecem seus banheiros particulares por um valor fixo, ajudando as pessoas e aproveitando para ganhar uma renda extra durante as festividades. Em pelo menos três lojas no centro de Belo Horizonte, o preço fixado é de R$ 5. Apesar do custo, foliões relataram à reportagem que o gasto vale a pena.

José Francisco da Costa, proprietário do Taboca, localizado na rua Goiás, contou que oferece o serviço há cinco anos, mas destacou que, neste ano, a demanda tem sido ainda mais importante. Ele explicou que a venda de comida e bebida, principal fonte de receita do estabelecimento, não tem registrado o mesmo volume de vendas, tornando a oferta do banheiro uma maneira importante de gerar uma renda extra durante o período carnavalesco.

“O pessoal não está comprando mais como antes. Hoje em dia muitas pessoas trazem comida e bebida de casa, então está sendo superbom para complementar a renda”, disse Costa, que não soube quantificar o valor médio que costuma ganhar com o serviço: “Varia muito”, explicou. No momento da entrevista, o estabelecimento registrava uma longa fila que chegava até a calçada.

A medida também é aprovada por foliões: “Está bem difícil de achar banheiro químico. Tem bem pouco e tem muita fila. Então fui em uma loja de bebida que cobrava R$ 5 pelo uso do banheiro”, disse a analista de marketing Gabriely Silva, de 24 anos.

Ela afirmou que o dinheiro foi bem gasto: “Estava limpo, é seguro, então vale a pena. O banheiro era só para mulheres.”

A atendente Camila de Paula teve a mesma avaliação: “Eu fui ao banheiro em uma joalheira na Galeria do Rock, na Praça 7, e lá eu paguei R$ 5. O banheiro estava limpinho, ficamos no ar-condicionado enquanto a gente esperava, estava muito bom, deu vontade de ficar lá”, brincou.