A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, nesta terça-feira (1º de outubro), que o município registra a falta de vacinas contra a catapora. Até o momento, 36 pessoas já contraíram o vírus da enfermidade. De acordo com a PBH, em 2024, Belo Horizonte recebeu cerca de 18 mil doses da vacina entre janeiro e março. No entanto, de abril a junho, não houve envio de novas remessas. Conforme o Ministério da Saúde, a situação só será resolvida em 2025.


Nos meses de julho e agosto, o município recebeu aproximadamente 5 mil doses, número considerado insuficiente para atender à demanda mensal — que é de 6,5 mil doses. O Executivo municipal já notificou a Secretaria de Estado de Saúde (SES) sobre o problema, mas, até o momento, não há previsão de reabastecimento das unidades de saúde da capital.


Esquema vacinal

Atualmente, a vacina contra a catapora segue o seguinte esquema vacinal: a primeira dose é aplicada aos 15 meses de idade e a segunda, aos 4 anos.


Desabastecimento no Brasil

O Ministério da Saúde explicou que o desabastecimento ocorre no país devido à falta de entregas regulares pelo laboratório produtor da vacina. Para minimizar os efeitos do problema, a pasta tem feito aquisições emergenciais com fornecedores nacionais e internacionais. No final de 2023, foram compradas 2,7 milhões de doses por meio do Fundo Rotatório da OPAS/OMS, com a expectativa de que 150 mil doses sejam entregues até setembro. A regularização do fornecimento está prevista para o primeiro semestre de 2025, quando o processo de aquisição para 2024 deverá ser concluído. 

Desabastecimento em Minas

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que a vacina contra varicela está com estoque  indisponível na Central Estadual de Rede de Frio.

A distribuição dos imunobiológicos é feita pela Secretaria com o objetivo de atender proporcionalmente os 853 municípios, de acordo com o quantitativo de doses recebidas do Ministério da Saúde (MS). Portanto, a indisponibilidade atinge todas as cidades mineiras.

A falta desse imunizante ocorre devido ao envio insuficiente de doses pelo órgão federal, responsável pela aquisição e distribuição aos estados. A SES-MG disse ainda que  tem reforçado as solicitações ao Ministério da Saúde, destacando o impacto sobre as coberturas vacinais.