Um aluno da Escola Estadual Paula Rocha, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, ameaçou professores utilizando uma tesoura nesta quinta-feira (24 de outubro). O estudante teve um surto após ter seu pedido para merendar fora do horário estipulado negado. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) foi procurada e informou que "o caso está sendo acompanhado de perto pelo Conselho Tutelar e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a fim de que os responsáveis adotem as devidas providências em relação à saúde e ao bem-estar do estudante".

Uma servidora da instituição de ensino contou que o episódio ocorreu durante uma atividade educacional que estava sendo realizada na praça de Esportes. “Aconteciam os jogos interclasses quando a equipe chegou com a merenda. Nos foi informado que esse aluno quis pegar a merenda antes do horário permitido, algo que foi negado. Aí ele jogou todo alimento no chão e começou a fazer as ameaças”, relatou sob anonimato.

O aluno teria, em seguida, pegado uma tesoura e ameaçado os professores. “Ele furou uma bola e quebrou os óculos de um dos professores. Os demais alunos ficaram com medo, e alguns tiveram crise de ansiedade. Muitos pais foram buscar os filhos após o ocorrido”.

A profissional comentou que o clima na escola é de medo constante. “Esse aluno estudava no turno da tarde, mas teve muitos problemas e precisou mudar para o turno da manhã. No entanto, o comportamento continua complicado. A família disse que ele é autista, porém, um laudo médico nunca foi apresentado. Se isso acontecesse, ele teria um professor de apoio para acompanhá-lo. O clima é de muito medo, tanto entre os professores quanto entre os demais alunos”, afirmou a servidora.

O temor dos profissionais da escola é de que alguém seja ferido. “Hoje ele cortou a mochila de um aluno, e já tivemos outros episódios de comportamentos agressivos. Todos nós ficamos com muito medo”, destacou.

A Polícia Militar (PM) foi acionada para comparecer à escola, e uma ocorrência foi registrada. 

O que diz a SEE-MG

Em nota, a SEE-MG ressaltou que, "felizmente, ninguém se feriu durante o incidente".

"O Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por psicólogos e assistentes sociais da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana A, responsável pela coordenação da escola, também está monitorando a situação de perto, garantindo o apoio necessário aos envolvidos", afirmou em um dos trechos do posicionamento que pode ser lido na íntegra abaixo.

Nota da SEE-MG

"Sobre o ocorrido na Escola Estadual Paula Rocha, em Sabará, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) esclarece que um estudante da unidade enfrentou um episódio de intensa agitação nesta quinta-feira (24/10), o qual foi prontamente contido. Felizmente, ninguém se feriu durante o incidente.

Os envolvidos registraram um Boletim de Ocorrência na Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O caso está sendo acompanhado de perto pelo Conselho Tutelar e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a fim de que os responsáveis adotem as devidas providências em relação à saúde e ao bem-estar do estudante.

O Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por psicólogos e assistentes sociais da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana A, responsável pela coordenação da escola, também está monitorando a situação de perto, garantindo o apoio necessário aos envolvidos."