A diretora da escola particular onde uma criança de um ano e quatro meses teria sido agredida em Ouro Fino, no Sul de Minas Gerais, foi presa nesta sexta-feira (1º de novembro). A prisão ocorreu no âmbito da investigação do suposto caso de maus-tratos. Há uma semana, a professora suspeita das agressões foi detida.

Além da prisão da diretora, a Justiça autorizou a reabertura da unidade educacional, que atende cerca de 300 alunos dos ensinos infantil e fundamental e permaneceu com as atividades suspensas por uma semana.

Em comunicado, a escola esclareceu que o “retorno às aulas ocorrerá na segunda-feira (4 de novembro), tendo em vista a necessidade de organização da escola e das atividades” para recebimento dos alunos “com o carinho que eles merecem”.

A instituição de ensino, em posicionamento anterior, garantiu manter o compromisso de “proporcionar um ambiente seguro, acolhedor e, acima de tudo, respeitoso para as crianças”.

Prisão da professora

A prisão da professora havia sido autorizada pela 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais de Ouro Fino, após a mãe do bebê registrar boletim de ocorrência acusando a professora de agressão. O caso chegou ao conhecimento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que denunciou a educadora.

Segundo o órgão estadual, a investigada agia de forma ríspida e agressiva com as crianças. Em um vídeo de 17 de outubro, a suspeita foi filmada arrastando uma criança pela perna com uso de "força desproporcional".

Em outra gravação de 11 de outubro, a professora bate na mão de um aluno e, em outro momento, "arranca o babador do pescoço de uma criança com muita força, fazendo com que ela bata a cabeça na mesa", diz o documento da denúncia. Já em 1º de outubro, ela "atingiu uma criança com um colchão".

O Ministério Público também analisou áudios em que a docente, supostamente, admite ter agredido ao menos uma criança. Segundo a denúncia, a suspeita diz ter dado um "beliscão" em um aluno e afirma que "perdeu a noção e fez com vontade", mas nega que tenha sido ela a causadora dos hematomas na perna do menor.

Além da prisão, a Justiça estadual também proibiu a professora de atuar "em qualquer instituição de ensino até que se apure definitivamente sua responsabilidade criminal". A reportagem não conseguiu contato com a defesa da docente. O espaço segue aberto para manifestação.