A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou, nesta sexta-feira (27 de dezembro), o valor do reajuste das passagens de ônibus na capital para 2025. A partir da próxima quarta-feira (1º de janeiro), os usuários terão que desembolsar R$ 5,75 para os trajetos de coletivos de linhas convencionais e do Move. O valor representa uma aumento de 9,52% – no momento, a tarifa está a R$ 5,25.
O Executivo argumentou que "o reajuste é necessário para a continuidade dos investimentos no transporte público e melhoria dos serviços". Conforme a planilha de valores, a tarifa das linhas circulares e alimentadoras vai subir de R$ 5 para R$ 5,50; e a dos ônibus de linhas curtas, de R$ 2,50 para R$ 2,75. Em ambos, o aumento é de 10%.
Já as 12 linhas que circulam nas vilas e favelas de Belo Horizonte continuarão gratuitas, beneficiando cerca de 200 mil pessoas que utilizam esses ônibus mensalmente.
O que acontecerá com os créditos do cartão BHBUS?
Os créditos eletrônicos do Cartão BHBUS Vale-Transporte, adquiridos até 31 de dezembro deste ano, poderão ser utilizados até 45 dias após a data do reajuste, com cobrança da tarifa antiga. O passageiro também pode atualizar os créditos nesse período para a nova tarifa, sem custos adicionais.
Atualmente, mais de 87% dos usuários utilizam crédito eletrônico como meio de pagamento da tarifa.
Como funciona o cálculo do reajuste?
Conforme determina a Lei 11.458/2023, a Superintendência de Mobilidade (Sumob) deve calcular o custeio do sistema para o ano seguinte, com base no método da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP). Essa análise considera variáveis como combustível, lubrificante, pneus, peças e acessórios. Também são consideradas as despesas com pessoal, licenciamento, depreciação e remuneração da frota e tributos.
A prefeitura afirma que, segundo cálculos realizados pela Sumob, a tarifa predominante deveria chegar a R$ 9,40. "No entanto, para reduzir o impacto nos gastos do usuário do transporte público, o complemento do valor continuará sendo custeado pela PBH, seguindo o que estabelece a Lei 11.458/2023", afirma.
Dessa forma, a lei orçamentária aprovada na Câmara Municipal de Belo Horizonte prevê o repasse de R$ 518,2 milhões às operadoras de transportes – desde que seguidas as condicionantes previstas na legislação. Entre elas, o cumprimento do quadro de horários e viagens e a qualidade dos ônibus. O modelo de remuneração, adotado em 2023, prevê o pagamento por quilômetro rodado.
O último reajuste ocorreu em 29 de dezembro do ano passado – depois de quatro anos com o valor congelado –, quando a tarifa predominante foi fixada em R$ 5,25.