Na manhã deste domingo (29 de dezembro), fiéis católicos de diversas paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte se reuniram para a missa solene de Abertura do Ano Pastoral Jubilar, dedicada ao “Ano Santo” – Jubileu da Esperança. A celebração presidida pelo arcebispo Dom Walmor aconteceu na Catedral Cristo Rei, no bairro Juliana, região Norte da cidade.
A convite do Papa Francisco, em 2025, a comunidade de fé católica viverá o Jubileu da Esperança. Na tradição religiosa, o Jubileu é um tempo especial de graça, conversão e renovação espiritual. Durante esse período, os fiéis de todo o mundo são chamados a refletir sobre o valor da esperança em um mundo marcado por inúmeros desafios e incertezas, além de realizar uma peregrinação – uma caminhada interior em busca de renovação e encontro com Deus.
Segundo o vigário episcopal do Vicariato Episcopal para Ação Pastoral da Arquidiocese de BH, Filipe Gouvêa, 2025 será um ano muito importante para a vida da Igreja, por ser um Jubileu Ordinário, que ocorre a cada 25 anos. A missa desta manhã está em comunhão com a celebração realizada em Roma, quando foi aberta uma Porta Santa na Basílica Papal de São João de Latrão, que é a Catedral do Bispo de Roma, o Papa.
Durante os anos jubilares, os fiéis são convidados a fazer peregrinações até as Portas Santas, que são abertas nas dioceses de Roma, nas basílicas papais. No entanto, os católicos não precisam ir até Roma para as peregrinações, como explica o vigário episcopal.
“O ano jubilar é da Igreja de Roma para o mundo. Então, as peregrinações jubilares acontecem até as portas santas que são abertas nas dioceses de Roma. Fora de Roma, o Papa nos concede a graça de experimentar o jubileu nas igrejas particulares, dioceses e arquidioceses de todo o mundo”, explica.
Com as portas santas abertas, os fiéis são convidados a peregrinar às igrejas jubilares da Arquidiocese de BH (15 santuários e duas basílicas), sendo este um dos exercícios indicados para alcançar a graça da indulgência plenária.
Disposição da Igreja para o Ano Santo
Marcando a data, milhares de fiéis estiveram presentes na Catedral Cristo Rei nesta manhã, movimento incentivado pelos padres das paróquias da Arquidiocese. Para o vigário, essa movimentação demonstra a disposição da comunidade de fé para vivenciar o Ano Santo.
“Foi solicitado que todos os párocos, os padres, estivessem presentes com uma comitiva de cada paróquia da Arquidiocese. Isso significa, em primeiro lugar, a nossa disposição de fazer este Ano Santo acontecer na nossa Igreja Arquidiocesana, em comunhão com o Papa Francisco e com o nosso arcebispo Dom Walmor. Então, este momento na Catedral é um momento de unidade da Igreja Arquidiocesana, de comunhão e disposição para viver o Ano Jubilar da Esperança”, afirma.
Preparação para o Jubileu da Redenção
O vigário episcopal, Filipe Gouvêa, explica que o tema do Jubileu do próximo ano, escolhido pelo Papa Francisco, também é uma preparação para um marco importante da Igreja Católica: o Jubileu da Redenção, em 2033, que marcará os dois mil anos da morte de Jesus.
“O Ano da Esperança foi uma escolha do Papa Francisco. E ele deixa claro na bula de convocação do Ano Santo que a esperança é uma virtude que nos conduz a Deus, que serve como uma âncora que nos firma na fé e não nos deixa vacilar. Como ele diz na própria bula, a esperança não decepciona. E a esperança nos motiva já para o Jubileu da Redenção, dos dois mil anos da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que acontecerá em 2033”, explica o vigário episcopal.