Um agente funerário, de 51 anos, foi preso suspeito de violar o corpo de um idoso antes do funeral na cidade de Bom Jesus do Galho, no Vale do Rio Doce, nesse domingo (19 de maio). Segundo a Polícia Militar (PMMG), a suspeita é que o trabalhador tenha retirado os órgãos e enterrado em uma cova sem autorização da família. 

A Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima de que uma funerária estaria retirando os órgãos de corpos que chegavam ao estabelecimento, colocando em sacos plásticos e enterrando na cova onde os cadáveres seriam enterrados no cemitério local. Ainda conforme a denúncia, nesse domingo, o proprietário do local havia feito o procedimento no corpo de um idoso. Os órgãos teriam sido enterrados por volta de 13h, mas o sepultamento estava marcado para ocorrer apenas às 16h. 

Diante do relato, a PM foi ao cemitério e encontrou os órgãos enterrados sob uma camada fina de terra. Questionado, o coveiro admitiu que enterrou os restos mortais na cova a pedido da funerária, e disse que é comum o estabelecimento solicitar o serviço a ele. 

Os militares foram até o velório do idoso que teria sido vítima do procedimento, e foram informados de que a família não havia autorizado a retirada dos órgãos. 

A PM foi então até a funerária e conversou com o agente, que admitiu a ação. Segundo ele, o procedimento é ensinado no curso de Tanatopraxia e é considerado normal. Ele afirmou ainda que apreendeu a técnica em um curso feito em Belo Horizonte. 

O suspeito foi preso e levado para prestar esclarecimentos na delegacia de Polícia Civil (PCMG). O corpo do idoso e os restos mortais foram recolhidos pela perícia para o Instituto Médico Legal (IML) e passaram por análise. O caso será investigado.