A mulher que foi flagrada em vídeos empurrando pessoas aleatoriamente em ruas de bairros da região Noroeste de Belo Horizonte, que estaria em surto no momento dos ataques, foi resgatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na manhã desta terça-feira (21 de maio). A informação foi confirmada a O TEMPO pela Prefeitura de BH (PBH). Há relatos de ataques em bairros como Padre Eustáquio, Carlos Prates e Caiçaras. 

Segundo o órgão, os socorristas foram acionados e conduziram a mulher ao Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM), onde receberá os cuidados necessários. Moradores relataram à reportagem que a mulher fazia tratamento para esquizofrenia. 

"A PBH esclarece ainda que a paciente era acompanhada pelo CERSAM Noroeste, mas abandonou o tratamento. Vale lembrar que o tratamento não é compulsório, ou seja, a PBH não pode obrigar o paciente a realizá-lo", concluiu o município em nota. 

Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver pelo menos dois dos ataques. Em um deles, uma senhora caminha pelo passeio e é empurrada do nada, caindo quase sob a roda de um veículo que passava pelo local. Na segunda imagem, uma jovem é atacada e perseguida pela mulher. 

Assista: 

 

Foi socorrida pelo Samu, nesta terça-feira (21), uma mulher que aparece em vídeos empurrando pessoas aleatoriamente em bairros da região Noroeste de BH. A suspeita, que foi flagrada pelas câmeras de segurança, é paciente do Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) e teria… pic.twitter.com/5GXssfckle

— O Tempo (@otempo) May 21, 2024

 

Conforme moradores ouvidos por O TEMPO, o Samu foi acionado e, na hora, a mulher em surto teria se escondido no interior da Igreja Padre Eustáquio. O resgate dos socorristas foi acompanhado por familiares da mulher. 

Mobilização dos moradores 

Após a repercussão dos ataques chegar às redes sociais, os moradores da região do Padre Eustáquio resolveram se mobilizar, chegando a criar um grupo que, na manhã desta terça, chegava a mais de 300 membros. Até mesmo uma reunião foi promovida para discutir formas para resolver o problema. 

"Ela vem atacando os moradores do bairro não é de hoje. Uma amiga de uma amiga minha foi uma das vítimas, e a partir disso passaram a circular as imagens", detalhou uma das moradoras que se mobilizou.