O governo de Minas lançou nesta terça-feira (28 de maio) a pedra fundamental que aponta o início das obras do Presídio de Poços de Caldas, que deve disponibilizar 628 novas vagas para o sistema prisional mineiro. A construção do novo presídio é resultado de um termo de compromisso firmado entre o Estado, a mineradora Vale e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A promessa é acabar com o déficit de mais de 500 vagas para atender a população carcerária na região de Poços de Caldas, no Sul de Minas. 

“É uma região muito carente de vagas, a ideia é que o novo presídio possa suportar a demanda de Poços de Caldas e ainda apoiar outras cidades da região”, afirma o diretor do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), Leonardo Badaró. 

Atualmente, a cidade já conta um presídio, que atende cerca de 140 custodiados. Número insuficiente para atender a demanda de 650 presos da região. Segundo Badaró, o local deve ser desativado após a inauguração da nova unidade, que deve acabar com o déficit na cidade. “Esse presídio possui condições precárias e interdições judiciais e não atende a demanda da cidade. A média é de 140 presos na unidade, mas na região de Poços temos demanda de 650. Como não temos vagas suficientes, os presos acabam distribuídos para outras unidades do Estado, de acordo com a necessidade”, avalia. 

Badaró explica que o remanejamento de presos impede que o ciclo de ressocialização seja cumprido pelo Depen. “Isso traz um trauma e uma defasagem no processo, temos a missão de promover ressocialização. Esse novo equipamento vai complementar nosso sistema para que possamos conseguir prestar esse contato com a família e completar o ciclo promovendo a ressocialização”, garante.  

O projeto do novo presídio foi desenvolvido pela Vale em parceria com o Depen-MG e o governo de Minas. Segundo o diretor do Depen, a unidade será referência em tecnologia e automação. “A nova unidade está prevista no acordo com a Vale, eles conduzem a construção, e tem um sistema de automação, que não temos em outras unidades. Mas temos todo um planejamento estratégico, já tem algumas unidades passando por adequações e planejamentos para adotar essas tecnologias”, contou
 
Ainda conforme o governo, a nova unidade também trará reforços de segurança para a cidade, uma vez que haverá aumento do número de policiais penais no município. Badaró, no entanto, afirma que não há previsão para chamamento. “Ao longo dos dois anos (de construção) vai ser feita uma estimativa para estudarmos se será feito um novo concurso público ou se faremos um chamamento de candidatos do último concurso”, afirmou.   

As obras do presídio tem previsão de durar cerca de dois anos, com conclusão das intervenções previstas para setembro de 2026.