Na Superintendência de Proteção Animal (Sepa) de Betim, são oferecidos atendimento clínico, exames de raio-x e ultrassonografia, cirurgias simples e castração. O objetivo é oferecer atendimento para animais da população de baixa renda inscrita no CadÚnico, além de auxiliar protetores. Os pacientes são colocados em espaços distintos de acordo com a espécie e a condição de saúde. 

No galpão I, por exemplo, estão localizados os animais que chegam do resgate. Além de receberem as primeiras medicações, eles passam por banho e tosa e permanecem em quarentena. Já no galpão II, está a maternidade, local que abriga as cadelas e seus filhotes. Lá, eles recebem todo o suporte desde o nascimento até o momento em que são colocados para adoção. Em outro ponto, ficam os animais com deficiência. 

O atendimento aos animais é realizado mediante a distribuição de senhas pela manhã e à tarde. O atendimento é feito por ordem de chegada. O profissional avalia o animal, faz pedido de exames e indicação de cirurgia (se necessário) e orienta o tratamento com medicações e outros cuidados. 

A Sepa tem ainda uma farmácia, que funciona para atender os animais que estão internados. “Também temos a Farmácia Solidária, que recebe remédios doados por tutores e protetores. Daí, fazemos a distribuição para a população carente”, explica a veterinária Camila Lopes. 

A Sepa funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no antigo Parque de Exposições de Betim (rua do Rosário, 1.840, bairro Angola). Para ter acesso aos serviços ofertados, basta que o tutor do animal seja residente de Betim e tenha o CadÚnico – ou procure a regional do bairro onde mora levando documento de identidade e comprovante de endereço.

Centenas de animais aguardam por adoção

SEPA DE BETIM
O professor Ricardo Amorim, que adotou a cadelinha Maria Fernanda, elogia a Sepa

 

Se você quer adotar um pet da Sepa, saiba que o processo é simples. “As pessoas podem nos visitar, nos ligar ou chamar no WhatsApp ou comparecer aos eventos de adoção, que são realizados aos fins de semana. Temos centenas de animais aptos à adoção e que estão em busca de um lar, desde filhotes até os adultos”, diz Roberta Cabral. A adoção pode ser feita por pessoas de outras localidades também. Não há restrição. Só é preciso comprovar residência fixa por meio de um comprovante de endereço, detalha. 

A veterinária Camila Lopes frisa que a Sepa incentiva a adoção para tentar reinserir os animais ao seio familiar, visto que a maioria deles supostamente um dia já teve dono. “Esse é um fato triste. Muitos decidem abandonar por causa de uma doença ou até mesmo por uma situação financeira desfavorável. Os animais menores costumam ser os prediletos na adoção, e os mais velhos acabam esperando um tempo maior, chegando a ficar mais de um ano na fila de espera”, relata.

A adoção de animais de grande porte, como cavalos, bovinos, caprinos e até galinhas, de acordo com Camila, é indicada para os residentes de cidades vizinhas a fim de evitar que os animais voltem a sofrer maus-tratos dos antigos donos. Ao adotar, além de passar por uma entrevista, a pessoa assina um termo de responsabilidade. O professor Ricardo Amorim adotou a cadela Maria Fernanda há um ano. Nesta semana, ele a levou para ser castrada na Sepa. “O atendimento é de primeira. Recebemos tudo que era necessário para que ela fosse atendida. Agora, é levá-la para a casa e continuar cuidando com amor”, diz.

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