Um policial penal foi preso em flagrante suspeito de tentar repassar celulares para detentos do presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, nessa segunda-feira (9 de julho). Os aparelhos eram vendidos pelo valor de R$ 7.000 cada. 

Segundo a Polícia Militar (PMMG), o coordenador da unidade prisional notou um comportamento estranho do agente, que já é conhecido por ser alvo constante de denúncias por suposta prática de condutas ilícitas. Ele, inclusive, já era monitorado pela equipe de segurança. 

O suspeito foi abordado pelo coordenador da unidade e questionado sobre o que estava acontecendo. Inicialmente, o agente negou qualquer problema, mas depois assumiu que estava com três aparelhos em sua roupa e que iria entregar os celulares para um dos presos. 

O agente foi submetido ao aparelho de scanner e foi constatado a presença dos objetos dentro de uma sacola. Questionado sobre outros ilícitos, o policial admitiu que haviam mais materiais dentro de seu carro. Durante as buscas, os agentes encontraram mais materiais ilícitos, além de um simulacro de arma de fogo. 

O policial penal admitiu que já havia praticado o crime e que agia fazendo "trabalho de formiguinha", trazendo os ilícitos aos poucos. Como recompensa pelo crime, ele recebia cerca de R$ 7.000 por aparelho celular entregue. 

O policial foi conduzido para a delegacia. O caso será investigado. 

Em nota, a Secretaria de Justiça de Segurança Pública (Sejusp) informou que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen – MG) abriu procedimento administrativo interno, que está em fase de investigação preliminar, para apurar a conduta do Agente de Segurança Penitenciário, de 33 anos, flagrado nessa terça-feira. 

Segundo a pasta, os próprios policiais penais da unidade deram voz de prisão para ele e fizeram os devidos encaminhamentos para autoridades policiais. O agente foi contratado e iniciou suas atividades em 20 de setembro do ano passado. 

A Sejusp destaca ainda que não compactua com quaisquer desvios de conduta de seus profissionais. “Todas as situações são acompanhadas com rigor”, finaliza.

A reportagem também procurou a Polícia Civil (PCMG) sobre o caso e aguarda retorno.