A 25ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Belo Horizonte acontece neste domingo, 21 de julho, reunindo 45 artistas em um palco 360º que será montado em plena avenida Afonso Pena. Mais de 350 mil pessoas são esperadas para a festa da diversidade.
Mas por que o evento belo-horizontino acontece no mês de julho e não em junho, como costuma acontecer em outras grandes cidades, como São Paulo? Vale lembrar que o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ é celebrado no dia 28 de junho.
Não é atraso, mas planejamento, segundo o presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), Maicon Chaves. A primeira parada de BH foi no terceiro domingo de julho, em 1998 — com “umas 50 pessoas”, segundo uma das organizadoras já relembrou nos arquivos de O TEMPO. Além de manter a tradição, a parada em julho é parte de um calendário nacional.
“Junho não daria conta de todas as paradas. Sobretudo nas capitais, teríamos choque. Percebemos que a população LGBTQIAPN+ costuma visitar paradas de Estados diferentes. Então, ter um calendário organizado, com espaçamento, é fundamental para conseguir o público e a visibilidade que conseguimos”, pondera Chaves.
A expectativa de público para este ano é de 350 mil pessoas ao longo de todo o dia — não todas elas concentradas ao mesmo tempo —, volume quase 17% maior que o de 2023. “Fazer uma parada para esse volume de pessoas é uma responsabilidade imensa e realizá-la exige, evidentemente, um cuidado com a segurança, com a estrutura, com a estética. O recurso que gastamos é alto, cerca de R$ 700 mil”, detalha o presidente do Cellos-MG.
Em compensação, o evento movimentou quase R$ 19 milhões em 2023, segundo projeção divulgada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Ela é uma das patrocinadoras do evento, que também recebe recursos de parlamentares alinhados à causa.