Duas semanas após ser vítima de um grave acidente de carro no bairro Planalto, região da Pampulha, em Belo Horizonte, Simone Medeiros, de 56 anos, encontra nas mensagens de apoio e nos dois filhos forças para se reinventar, em meio ao acompanhamento fisioterapêutico. O acidente, ocorrido em 16 de julho devido a um problema mecânico, resultou na amputação do braço direito, o que ela mais usava para tarefas básicas, como escrever.

A esperança de Simone para manter os movimentos como conhecia por mais de cinco décadas está na medicina e na tecnologia, com a compra de uma prótese. Porém, o custo financeiro é alto. Para levantar os recursos necessários, uma campanha de arrecadação foi criada pela família. O objetivo é arrecadar R$ 180 mil. Até a noite desta terça-feira (30), foram doados, por cerca de 100 pessoas, R$ 8 mil.

Conhecida na região, onde possui uma oficina há mais de 20 anos, Simone explica que precisa da prótese para restabelecer movimentos mínimos que a permitam voltar a trabalhar e realizar atividades do dia a dia, como digitar e usar o celular. Segundo pesquisas realizadas por sua filha, o custo de uma prótese funcional varia entre R$ 150 mil e R$ 400 mil.

Como ajudar?

As doações podem ser feitas por meio do site vakinha.com.br. Também é possível realizar doações via transferência bancária, por meio do PIX: vakinhasimonemedeiros@outlook.com

O acidente

"Aquele carro foi uma arma que colocaram na minha mão. O acelerador travou, perdi o controle, e não havia nada que eu pudesse fazer. Meu medo era ter matado alguém", relembra Simone, explicando como o acidente aconteceu.

Um acidente envolvendo vários veículos foi registrado na avenida Doutor Cristiano Guimarães, no bairro Planalto, na região Norte de Belo Horizonte, nesta terça-feira (16 de julho). A Polícia Militar (PM) informou que uma mulher teve parte do braço decepada. pic.twitter.com/f9fKCVexxi

— O Tempo (@otempo) July 17, 2024

Ela conta que uma cliente havia deixado o carro na oficina, pedindo um orçamento para troca de óleo e verificar outras questões técnicas. Embora fosse de 2021, o carro estava sem manutenção preventiva. O acidente ocorreu no momento em que Simone iria devolver o veículo para a dona, sem qualquer intervenção.

O carro estava no galpão da oficina. “Eu só fui manobrar o carro para entregar, como sempre faço para todos os clientes. Nesse momento, o pedal do acelerador travou. Eu não conseguia voltar a marcha. Tudo que eu tentava não funcionava”, explica Simone.

O veículo seguiu pela avenida Doutor Cristiano Guimarães e só parou após bater em cinco carros. “Eu fiz o melhor que pude para salvar vidas. Minha preocupação maior era com os pedestres e demais motoristas”, relembra.