O sargento Hebert Oliveira da Silva, de 35 anos, morto durante uma tentativa de roubo na BR-352, em Onça do Pitangui, no Centro-Oeste mineiro, será sepultado nesta terça-feira (27 de agosto). A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) irá se despedir do policial no cemitério Porto Seguro, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, a partir das 11h30. 

Hebert servia à corporação na cidade de Pará de Minas, mas é natural da Grande BH. Ele retornava à região Centro-Oeste após visitar a família quando foi abordado pelos suspeitos, de 20 e 21 anos, na rodovia na noite de domingo (25 de agosto). O sargento foi baleado no peito pelos bandidos, não resistiu e morreu no hospital. 

 A corporação descreve Hebert como uma pessoa "muito humilde". "Hebert era muito simples. Eu fui professora dele no curso. Hoje de manhã acordei com mensagens no grupo da turma dele. Família muito humilde, sempre que ele tinha disponibilidade, ele visitava os pais, as irmãs, era muito presente", descreve a major Layla Brunela, porta-voz da PM. 

Segundo Layla, no âmbito profissional, o sargento Hebert era "um policial espetacular". "Extremamente disciplinado, muito elogiado. Militar de conduta irrevogável desde o curso de formação. É uma perda irreparável para a instituição", lamenta. 

Hebert estava na PMMG desde 2014. Ele era solteiro e não tinha filhos. O sargento deixa os pais e irmãos, que moram em Ribeirão das Neves. 

Dinâmica do crime 

O militar voltava de moto para casa, em Pará de Minas, onde ele atuava, após visitar a família em Ribeirão das Neves. Na altura da cidade de Onça do Pitangui, na região Centro-Oeste, o sargento foi abordado pelos dois suspeitos. Conforme o boletim de ocorrência, os supostos autores já haviam roubado uma moto em Pará de Minas, mas o veículo começou a apresentar defeitos, o que fez com que os homens tentassem roubar a moto conduzida pelo sargento Hebert.

"Eles atiram para cima, o que faz o policial se desequilibrar. Ele, então, também saca sua arma e efetua de dois a três tiros, enquanto o autor faz de dois a quatro tiros. O comparsa de é atingido na perna, enquanto o militar é atingido no peito", relata a major Layla Brunela. 

O sargento chegou a ser socorrido por outros policiais para o hospital de Pitangui, mas não resistiu aos ferimentos. Após o crime, diz a PMMG, os autores fugiram para Onça do Pitangui, onde mora um dos autores. Lá, eles deixaram a arma e a moto usadas no crime em um lote vago.

Na sequência, a dupla pega o carro de uma familiar e vêm pra Belo Horizonte junto com a mãe e a namorada de um dos suspeitos. Em seguida, segundo o boletim de ocorrência, eles contataram outro criminoso de BH e pediram para se esconder na casa dele. O autor baleado foi levado para a UPA Nordeste, na capital, onde os médicos acionaram a PMMG. 

Quando os agentes chegaram ao local, o suspeito confessou o crime. Ele recebeu atendimento médico por ter sido baleado na perna e não está em perigo. O homem foi preso e está à disposição da Justiça.

Morte do suspeito dos tiros

Por meio de diligências, a Polícia Militar de Minas Gerais descobriu que o outro suspeito tinha fugido junto com a mãe e a namorada para um drive-in na avenida Presidente Antônio Carlos. No local, ele se trancou em um quarto para tentar se esconder.

"A Rotam foi ao local e tentou realizar a abordagem. Quando os policias chegam, a mãe e a namorada ficaram na porta do quarto, na frente das guarnições policiais, enquanto o homem tenta fugir pelos fundos. Ele foi localizado e abordado nas escadas do estabelecimento, perto de outro quarto. Ele recebeu ordem para soltar a arma e se entregar, mas não obedeceu e apontou a arma para os policiais. Eles então revidam a essa injusta agressão com tiros. Ele é alvejado e socorrido para o hospital João XXIII, mas vem a óbito", explica a major Layla Brunela.

Os policiais envolvidos na abordagem ao suspeito no drive-in tiveram as armas recolhidas e já estão sendo submetidos aos procedimentos de polícia judiciária. Também de acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais, a mãe e a namorada do suspeito foram conduzidas como testemunhas.