Será velada nesta sexta-feira (9 de agosto) a jovem Vitória Alves Silva, de 22 anos, que foi brutalmente assassinada na última quarta-feira (7) em plena avenida Antônio Carlos, no bairro São José, região da Pampulha, em Belo Horizonte. A cerimônia de despedida da moça, morta pelo ex-namorado indignado com o término no dia em que a lei Maria da Penha completava 18 anos, está marcada para começar às 6h no cemitério Belo Vale, em Santa Luzia, na região metropolitana da capital.
O sepultamento está previsto para começar às 9h. Segundo a Polícia Militar (PM), o autor do crime confessou que não aceitava o fim do namoro e, na tarde daquele dia, permaneceu em seu apartamento planejando o ataque que resultou na morte da jovem. Após esfaquear Vitória, o suspeito tentou fugir, mas foi capturado nas proximidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O crime foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram o momento em que Vitória é surpreendida pelo ex-namorado, que portava uma faca, enquanto os dois conversavam. Após ela tentar pegar o objeto, que o homem escondia sob um dos braços, ela é brutalmente esfaqueada e, apesar das tentativas de socorro, morre no local.
Lei Maria da Penha
A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, é um marco na luta contra a violência doméstica e familiar no Brasil. Nomeada em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, que sobreviveu a duas tentativas de homicídio por parte de seu marido e tornou-se uma ativista pelos direitos das mulheres, a lei trouxe significativas mudanças na forma como a violência contra a mulher é tratada no país.
A legislação prevê medidas protetivas de urgência, como o afastamento do agressor do lar, a proibição de contato com a vítima e o direito a serviços de atendimento integral e multidisciplinar às mulheres em situação de violência. Além disso, a lei endurece as penas para os agressores e estabelece mecanismos para a prevenção e combate à violência doméstica.
Denúncias
Quem precisar denunciar casos de violência contra a mulher pode procurar ajuda de várias maneiras. Em Minas Gerais, há 69 Delegacias de Atendimento à Mulher. Em Belo Horizonte, o atendimento é contínuo na Casa da Mulher Mineira, que oferece diversas ações preventivas e emergenciais.
Denúncias também podem ser feitas anonimamente pelo telefone 181, o Canal de Denúncias da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), e pelo 190, da Polícia Militar.
Outra opção é a internet. As denúncias podem ser registradas de forma segura pela Delegacia Virtual ou pelo aplicativo MG Mulher, do governo estadual.