Uma poda de árvores na orla da praça do Piquenique Literário, em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, matou cerca de 40 garças e deixou outras feridas nesta segunda-feira (10 de fevereiro). Ao todo, 150 aves da espécie foram afetadas, conforme a Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA). O serviço de poda foi conduzido pela prefeitura, que garante a apuração do caso.
As aves estavam nas árvores e caíram ao chão com a poda, explica o tenente Elber, da PMMA. A ação ocorreu em plena época de reprodução dos animais. Com isso, também havia ovos caídos e filhotes mortos. “São aves transitórias, e estamos no período de reprodução delas. Por isso, as árvores ficam carregadas”, detalhou.
Uma poda de árvores na orla da praça do Piquenique Literário, em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte, matou cerca de 40 aves e deixou outras feridas nesta segunda-feira (10). Ao todo, 150 animais foram afetados, conforme a Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA).… pic.twitter.com/m5b3GTUXTJ
— O Tempo (@otempo) February 10, 2025A poda, em si, estava autorizada, conforme o tenente. Contudo, devido ao dano causado aos animais, os responsáveis pelo serviço foram autuados e levados para a delegacia com base no artigo 29 da Lei 9.605, que trata das sanções penais e administrativas para atividades lesivas ao meio ambiente. Eles também podem responder pelo crime de maus-tratos contra animais.
Os animais que ficaram feridos foram socorridos por uma organização não governamental (ONG) e levados para um hospital veterinário.
Em nota, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) afirmou ter instaurado, na 2ª Promotoria de Justiça de Lagoa Santa, uma Notícia de Fato. O procedimento visa apurar as circunstâncias da poda. “Dentro do procedimento, serão solicitados esclarecimentos à prefeitura”, completou.
Prefeitura garante que caso não vai se repetir
A Prefeitura de Lagoa Santa afirmou que “está apurando a poda realizada pela equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SDU)”.
Também disse que o prefeito Breno Salomão, ao saber “das imagens da ação, convocou uma reunião com os setores envolvidos para entender o que ocorreu, providenciar todas as apurações de responsabilidade e tomar as providências cabíveis, além de garantir que isso não ocorra mais em Lagoa Santa”.