O vereador de Alfenas, no Sul de Minas, Pedrinho MinasAcontece (União Brasil), foi preso nesta quarta-feira (19 de fevereiro). Ele é suspeito de lesão corporal contra a mulher.
No momento da prisão, a Polícia Militar encontrou drogas e munições na casa do parlamentar. Conforme apurou a reportagem, o vereador discutiu com a mulher e ela saiu de casa. Ao retornar à residência, a mulher se deparou com o político jogando as roupas dela na rua, e ainda foi agredida com um chute e teve o braço segurado, conforme a versão dela à polícia.
No imóvel, a PM encontrou na gaveta do armário do quarto do vereador três cartuchos calibre 32 intactos. Ele entrou em contradição ao dizer que tinha arma, mas que o objeto não estava em casa, e depois disse que não tinha nenhuma arma. No banheiro do vereador a PM encontrou nove buchas de maconha e quatro pinos vazios usados para armazenar cocaína. Também foi encontrado um cigarro de maconha parcialmente consumido e embalagem de papel de seda. O parlamentar disse que as munições eram dele, mas negou ser o dono das drogas.
Uma testemunha relatou que a cocaína era da mulher, enquanto a maconha era do vereador. À Polícia Militar, o vereador alegou que está debilitado e por isso “não tem condições de agredir ninguém”. Ele sustentou que a companheira tinha um hematoma antigo e atribuiu isso a uma agressão doméstica. O vereador ainda disse que foi vítima de extorsão da companheira.
Ele foi preso por lesão corporal e posse irregular de munição de uso permitido. A Câmara Municipal de Alfenas, por meio de nota, disse repudiar “qualquer tipo de violência ou conduta que vá contra a legislação e os princípios éticos que regem a função pública”. “Diante dos fatos, informamos que já foi enviado Ofício às Polícias Civil e Militar, para apuração dos fatos. Caso sejam comprovadas irregularidades, as medidas cabíveis dentro do âmbito Legislativo serão tomadas conforme o Regimento Interno e a legislação vigente”, informou a Casa.
Por fim, a Câmara de Alfenas frisou o compromisso com a ética e com a defesa dos direitos da população, “reafirmando que atos individuais não representam a conduta desta instituição, que continuará trabalhando com seriedade e responsabilidade em prol do município”.
A equipe do político não se manifestou sobre a prisão.