Em entrevista a O TEMPO nesta quarta-feira (5 de fevereiro), a coronel Jordana Filgueiras, nova comandante do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, falou sobre a perspectiva de aumento do efetivo da corporação e também expansão de sedes. Atualmente, o Corpo de Bombeiros está em 92 municípios mineiros, o equivalente a 10,7% das 853 cidades do Estado. 

A coronel disse que seguirá o Plano de Comando 2015/2026 que, entre alguns objetivos, tem o busca a excelência dos serviços prestados. A expansão das sedes operacionais é uma meta desde o início. Ela lembra que há 10 anos existiam “vazios em algumas regiões, principalmente no Norte do Estado”. “É uma meta aumentar as sedes, a gente continua. Temos estabelecidos critérios técnicos para poder chegar a esses municípios, são municípios com mais de 30 mil habitantes, até pela quantidade de municípios que temos. O atendimento tem que ser extremamente operacional e viabilizado de forma técnica para conseguir fazer essa expansão”, projetou.

Segundo a comandante, o posicionamento estratégico das unidades permite atender municípios que estejam mais distantes de uma sede física. Ela citou que além do posicionamento, existem outros fatores que contribuem para um atendimento mais rápido, como aeronaves e envio de equipes técnicas. Sem citar quantas unidades devem ser abertas nos próximos anos, Jordana quer “avançar cada vez mais”. 

O aumento das sedes passa pelo aumento do efetivo. Atualmente, a corporação tem 5.940 servidores ativos. A legislação estipula o teto de 7.999 bombeiros, enquanto o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)  é de 6.114. Concursos devem ser abertos nos próximos meses após alinhamento da corporação com o governo do Estado.

“Precisamos aumentar a questão do efetivo, tanto da recomposição quanto do crescimento, porque para gente crescer na expansão com novas unidades, o que a gente mais precisa é do nosso maior patrimônio, que é o nosso militar. É uma questão que vamos ter que estudar com o governo. Os concursos para recomposição ocorrem, não pararam, mas vem recompondo efetivo de evasão. Precisamos avançar nesse crescimento além da evasão. É uma das nossas prioridades para poder cumprir, inclusive, o que está previsto no Plano de Comando”, disse.

Perguntada sobre qual seria o número ideal após concursos, a coronel avaliou a necessidade de avançar em relação ao limite prudencial de 6.114 e que a lei do efetivo, de 7.999 “atende” às necessidades. “Isso vai ter que ser gradual e trabalhado junto com governo dentro das realidades e possibilidade”, ponderou. 

Veja a entrevista da coronel na íntegra: