O motorista da Prefeitura de Água Boa, de 56 anos, suspeito de matar a menina Yara Karolaine, de 10 anos, foi à casa da família por dois dias depois do desaparecimento da garota. A menina sumiu na terça-feira de Carnaval, dia 4 de março, e o homem foi à casa da família na quarta-feira e na sexta-feira de Carnaval. O corpo foi encontrado no sábado.
A mãe da menina, Maria Geralda, contou à reportagem de O TEMPO que recebeu o suspeito, que não demonstrava nenhum tipo de envolvimento com o caso. “Ele foi a minha casa dois dias seguidos, na quarta e na sexta. Ele queria saber notícia, se tinha alguma pista do suspeito. Hora nenhuma mostrou preocupação, só falava que ‘esse cara tem que pegar e capar, é um psicopata’. Ele é um excomungado”, disparou.
Segundo a mulher, o desejo dela era ir até a delegacia de Água Boa, para onde o suspeito foi levado inicialmente, e matá-lo, mas não deixaram. “Quem fez tudo, reconheceu o corpo, foi no IML, foi meu filho. Não me deixaram fazer nada”, contou.
O crime, segundo a mulher, chocou toda a cidade. Pelo relato dela, a família sempre tinha contato com o suspeito, que era motorista de ambulância, e com frequência socorria algum familiar que morava na zona rural. “Nunca imaginaria que seria uma pessoa tão próxima. Ele tratava todo mundo super bem, muito educado, ninguém imaginaria, é muito prestativo, ninguém imaginaria. Não era bagunceiro, não tinha nada aqui que justificaria esse crime”, afirmou.