Um homem de 31 anos e uma mulher de 30 anos, suspeitos de assassinar um homem no 'tribunal do crime' em Juiz de Fora, na Zona da Mata, foram indiciados pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). Após as investigações, a instituição concluiu que o rapaz – que foi encontrado morto em um carro de aplicativo – foi vítima de agressão, e não de uma queda, como foi reportado primeiramente.

Como foi o crime?

Conforme a PCMG, a vítima teria sido acusada de furtar uma ferramenta elétrica de um dos membros do grupo criminoso no qual a dupla suspeita faz parte, o que resultou em sua sentença informal de espancamento e morte. "Inicialmente, o líder do grupo, que já foi identificado, ainda teria ameaçado matar a esposa da vítima, exigindo que ela entregasse a ferramenta furtada, além de afirmar que ficaria com a filha dela como forma de represália", apontou a instituição.

A Polícia Civil afirmou que o homem foi levado a um ponto de referência do tráfico de drogas de Juiz de Fora, onde foi cercado e agredido por membros da facção com sucessivos golpes de bastões e outros objetos contundentes.

A delegada que coordenou as investigações, Bianca Mondaini, disse que, após a tortura, a vítima foi colocada em um veículo de aplicativo, já bastante debilitada e com lesões graves, o que indica que os suspeitos assumiram o risco de sua morte. "Durante o trajeto para casa, o rapaz perdeu a consciência e faleceu antes de receber atendimento médico", indicou Mondaini. 

A delegada ressaltou que o agressor, de 31 anos, é apontado como um dos líderes do tráfico de drogas na região, sendo o principal responsável pelo tribunal do crime que resultou na morte da vítima. "Já a mulher teria participado diretamente das agressões e foi apontada como a proprietária da ferramenta furtada, fato que deu origem ao julgamento da vítima pelo grupo criminoso", explicou Bianca.

Com a expedição dos mandados de prisão preventiva, a partir de agora a dupla está foragida. Os suspeitos foram indiciados por homicídio qualificado, com emprego de tortura, à traição, emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.