Usuários do Hospital Infantil João Paulo II, localizado no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, denunciaram nesta segunda-feira (12 de maio) o longo tempo de espera para atendimento. As queixas ocorrem em meio ao aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave.
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A O TEMPO, uma usuária relatou que chegou com o filho às 9h e só foi atendida por volta das 17h, após cerca de oito horas de espera. A situação foi confirmada por uma servidora da unidade. “Está superlotado. Temos somente um pediatra atendendo”, afirmou, sob anonimato.
A longa espera tem causado revolta entre os responsáveis pelas crianças. “Tem pessoas ameaçando brigar, pois a situação da superlotação está muito complicada”, acrescentou a servidora.
Usuários do Hospital Infantil João Paulo II, localizado no bairro Santa Efigênia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, denunciaram nesta segunda-feira (12 de maio) o longo tempo de espera para atendimento. As queixas ocorrem em meio ao aumento de casos de síndrome respiratória… pic.twitter.com/UUSt2XwztO
— O Tempo (@otempo) May 12, 2025Referência no atendimento pediátrico em Minas Gerais, o Hospital João Paulo II oferece serviços especializados e de alta complexidade para crianças e adolescentes de todo o Estado.
Posicionamento
A reportagem procurou a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Em nota, a direção do Complexo Hospitalar de Urgência informou que o Hospital Infantil João Paulo II tem realizado uma média 190 atendimentos diários em seu pronto atendimento (PA), aumento de 50% em relação aos meses fora da sazonalidade de doenças respiratórias.
"Em abril, foram 5.564 atendimentos no PA da unidade. A equipe de acolhimento classifica e prioriza os casos mais graves, porém todos são assistidos. Importante ressaltar que as escalas da equipe multidisciplinar estão completas e foram reforçadas desde março. Os casos mais graves são priorizados, conforme a classificação de risco para atendimento, porém todas as crianças são devidamente atendidas, não havendo, portanto, desassistência a nenhum caso", esclareceu.