Três pessoas, de 25, 34 e 46 anos, suspeitas de receptar objetos furtados pela gangue da marcha ré foram presas, durante uma série de ações policiais deflagradas pela Polícia Civil (PCMG) nesta semana, no aglomerado Ventosa, na região Oeste de Belo Horizonte. A prisão aconteceu na última terça-feira (13 de maio), mas os detalhes foram divulgados nesta quinta-feira (15 de maio).
Segundo a PCMG, horas antes, os agentes cumpriram um mandado de prisão contra um homem, de 30, suspeito de ser responsável por uma série de furtos e roubos na região dos bairros Buritis e Estoril, na região Oeste. No âmbito da operação, os policiais receberam informações sobre três pessoas que estariam receptando os objetos furtados pelo suspeito.
A PCMG foi aos endereços indicados e prendeu em flagrante três pessoas. Com elas, a polícia encontrou uma grande quantidade de produtos, entre eles celulares, artigos de higiene pessoal, cosméticos, itens alimentícios, entre outros.
Segundo o delegado Jonas Andrade Pavan, responsável pelas investigações, dois dos receptadores possuíam um comércio para revender os produtos a preços abaixo do mercado. "Era uma espécie de mercearia com preços mais baixos e produtos diversos. O outro dos receptadores, que também foi autuado por tráfico, armazenava os produtos na casa dele, onde foi apreendido uma quantidade de droga", detalha.
O delegado revela que existem evidências de que os três suspeitos atuam também na receptação de produtos furtados por diversos criminosos, entre eles a gangue da marcha ré. "Existem indicativos de que eles possam estar receptando parte dos produtos furtados por esses autores", explica.
Pavan ressalta que as prisões são fruto de de uma força-tarefa, que contou com três importantes ações policiais entre segunda (12) e quarta-feira (14), desenvolvidas na região do aglomerado Ventosa para tentar impedir um ciclo criminoso.
"A criminalidade naquela região fomenta um ciclo vicioso. O usuário de droga furta, leva para o traficante, que recepta como pagamento pela droga, e a disputa por pontos de tráfico de drogas gera homicídios. Isso gera reflexos interno e externo na comunidade. A operação atacou em várias frentes para sufocar esse ciclo", afirma.
As investigações procedem para maior elucidação dos fatos.