O homem de 30 anos, preso nesta terça-feira (6 de maio) após invadir uma residência de alto padrão no bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, tem um longo histórico criminal. Segundo o tenente Gonçalves, do 22º Batalhão da Polícia Militar, o suspeito acumula 18 passagens pela polícia, sendo sete por furto e duas por roubo. Apenas em 2025, ele já havia sido preso três vezes por furtos praticados na mesma região.
A ocorrência foi registrada depois que o alarme de segurança da casa disparou, por volta das 17h, e uma moradora da residência, que integra a Rede de Vizinhos Protegidos, acionou a Polícia Militar. A comunicação não foi feita pelo 190, mas diretamente pela rede de segurança entre moradores.
“Ele é contumaz na prática de crimes, principalmente contra o patrimônio. A equipe realizou um cerco no quarteirão, pulando diversos muros, até conseguir localizá-lo no interior da residência”, explicou o tenente. O homem foi autuado pelos crimes de invasão de domicílio e dano ao patrimônio privado. Nada foi furtado da casa, e as diligências continuam para localizar os outros dois suspeitos que teriam participado da ação.
Por precaução, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) chegou a ser acionado, diante da possibilidade de haver vítimas dentro do imóvel. A suspeita, no entanto, não se confirmou.
Apesar da semelhança com outros casos de furtos cometidos por quadrilhas, a PM afirma que os suspeitos não integram nenhuma rede especializada nesse tipo de crime. Eles teriam se aproveitado de uma oportunidade após observar a movimentação no local. “Ele mora no Morro do Papagaio e não integra uma quadrilha organizada. São indivíduos que passam uma ou duas vezes na frente da casa, percebem que não tem ninguém e entram”, destacou Gonçalves.
Crime recorrente
A região Centro-Sul de Belo Horizonte tem sido alvo recorrente de furtos a residências, e as forças de segurança têm mobilizado esforços para combater esse tipo de crime.
Há cerca de um mês, em 2 de abril, uma coletiva foi convocada para anunciar a prisão de um homem de 48 anos, acusado de integrar um esquema de furtos na região. Ele trabalhava como vigilante e repassava informações privilegiadas sobre os moradores para os comparsas. A estimativa é de que os crimes tenham causado um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões.
Poucos dias depois, em 19 de abril, a Polícia Militar prendeu em flagrante um jovem de 18 anos suspeito de invadir um edifício no Belvedere. Ele seria integrante de uma quadrilha especializada em furtos a imóveis residenciais.