O número de casos de violência contra idosos em Minas Gerais aumentou 73% em cinco anos. Dados do Observatório de Segurança Pública do Estado, divulgados nesta segunda-feira (16 de junho), mostram que, entre janeiro e abril deste ano, foram registrados 7.651 crimes contra pessoas com mais de 60 anos — uma média de duas denúncias por hora de estelionato, furto, ameaça, agressão, entre outros. Por dia, são cerca de 64 queixas.

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Na comparação com o mesmo período de 2020, início da pandemia de Covid-19, o salto é evidente: foram 4.416 registros naquele ano, o equivalente a 37 denúncias diárias. Segundo os dados da segurança pública de Minas Gerais, este início de ano foi o mais violento para os idosos nos últimos cinco anos: 

  • de janeiro a abril, foram 4.416 casos em 2020; 
  • de janeiro a abril, 4.941 em 2021;
  • de janeiro a abril, 5.992 em 2022;
  • de janeiro a abril, 7.070 em 2023;
  • de janeiro a abril, 6.611 em 2024;
  • de janeiro a abril, 7.651 em 2025.

Os crimes mais comuns contra idosos em Minas Gerais são estelionato (35%), furto (33%) e ameaça (8%). Neste mês de Junho Violeta, dedicado à conscientização sobre o respeito à pessoa idosa, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) intensificou as ações de prevenção à violência.

A instituição deflagrou, nesta segunda-feira (16), uma operação conjunta com a Vigilância Sanitária de Belo Horizonte para vistoriar quatro Instituições de Longa Permanência (ILPs) nas regiões Noroeste e da Pampulha, na capital. No mês passado, em Contagem, na região metropolitana, um lar de idosos foi interditado e o responsável, preso após a identificação de diversas irregularidades — três internos estavam, inclusive, em estado grave de saúde.

Idosa está 'morando' em hospital de BH e alega abandono 

Uma idosa de 72 anos está vivendo em um hospital da região Centro-Sul de Belo Horizonte há um mês e duas semanas, desde que recebeu alta hospitalar, em 26 de abril. Após se recuperar de um episódio de insuficiência cardíaca, ela não precisa mais de tratamento, mas também não tem para onde ir: todos os dias, assiste às horas passarem do leito que se tornou sua casa, já que os familiares informaram que não irão buscá-la no hospital.

Chegaram, inclusive, a enviar uma mala com pertences básicos para ela. Enquanto isso, os sobrinhos permanecem na residência que a idosa afirma ser herança da família e, segundo denúncia, disseram que não irão abrir a porta para a parente. Um boletim de ocorrência por abandono de incapaz foi registrado. Clique aqui e conheça mais dessa história.