Um investimento de R$ 40 milhões, promovido pela Eletrobras, será destinado à recuperação de nascentes e áreas degradadas em Minas Gerais. A iniciativa pode alcançar até 169 municípios localizados na bacia hidrográfica do rio Grande, com a implantação de 200 Unidades Demonstrativas de Recuperação de Nascentes. As ações incluem a restauração da vegetação nativa, contenção de processos erosivos e melhoria das condições socioambientais nas regiões atendidas.

O projeto integra um programa federal de revitalização ambiental e desenvolvimento regional, com recursos provenientes de compromissos firmados durante a capitalização da Eletrobras. A aplicação dos recursos é coordenada pelos Ministérios de Minas e Energia (MME) e da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), conforme previsto em lei.

As intervenções ambientais estão previstas para áreas públicas e privadas nas sub-bacias do Alto Rio Grande, Rios das Mortes e Jacaré, entorno do reservatório de Furnas, Rio Verde e Rio Sapucaí. Até o momento, 32 municípios já tiveram áreas mapeadas, incluindo Barbacena, Capitólio, Lavras, Três Pontas, Passos, Formiga e São João del Rei. A expectativa é de que as prefeituras sejam envolvidas diretamente no planejamento e na execução das ações.

De acordo com os organizadores, o projeto busca fortalecer a segurança hídrica, preservar os recursos naturais e estimular a geração de empregos verdes. As Unidades Demonstrativas funcionarão como modelos replicáveis de recuperação ambiental, combinando técnicas de proteção de nascentes, controle de erosão e manejo sustentável do solo. Além disso, atuarão como espaços de educação ambiental e de envolvimento das comunidades locais.

A escolha das áreas será feita com base em metodologia desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em parceria com o MIDR. O modelo prioriza locais com maior potencial de retorno social e ambiental, promovendo a eficiência no uso dos recursos.

Entre os impactos esperados estão a melhoria da qualidade da água e do ar, estímulo à produção agrícola sustentável, fortalecimento do turismo ecológico e conservação da biodiversidade. O projeto também busca recuperar serviços ecossistêmicos essenciais, como a fertilidade do solo, a polinização e o controle biológico de pragas.

Segundo os responsáveis pela iniciativa, as ações representam uma resposta concreta às demandas de desenvolvimento sustentável e recuperação ambiental em regiões afetadas por degradação do solo e perda de cobertura vegetal.