“Uma pessoa muito educada, amorosa e de bom coração.” Foi assim que familiares descreveram o mineiro Thiago Lourenço Morgado, de 36 anos, morto após ser esquartejado no Rio de Janeiro. O corpo foi velado e sepultado nesta sexta-feira (18/7), no Cemitério da Saudade, na região Leste de Belo Horizonte. Bruno Guimarães da Cunha Chaves foi preso na quarta-feira (16/7), suspeito do crime, que teria ocorrido no último domingo (13).
Em depoimento, a irmã de Thiago, Lana Morgado, disse que o irmão era uma pessoa muito querida por todos e que foi vítima de um “psicopata”. “Ele (o suspeito) vai ser julgado. O que queremos é que a justiça seja feita. Ele foi preso em flagrante, enquanto limpava a cena do crime, e provavelmente faria isso com outra pessoa, se é que já não fez”, afirmou.
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Lana ressaltou que foram os próprios colegas de trabalho que perceberam a ausência de Thiago, o que prova a pessoa amada que ele era. “Ficamos em choque com a notícia. Thiago era uma pessoa de bom coração e de grande valor”, afirmou.
Ela também contou que Thiago dividia aluguel com Bruno, o suspeito do crime, mas disse que a família quase nada sabia sobre ele. “Não sabemos nem de onde é. Só esperamos que a Justiça seja feita”, contou. Além de morarem juntos, eles trabalhavam na mesma padaria.
Crime bárbaro
O assassinato de Thiago impressionou o país pela violência. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, após matar a vítima, o homem esquartejou o corpo. Na tentativa de ocultar o cadáver, ele teria processado os restos mortais em um liquidificador, cozinhado alguns pedaços e armazenado outros na geladeira.
“Tivemos que nos despedir de caixão fechado”, desabafou a irmã. As investigações continuam em andamento pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Tio de Thiago, o músico Geraldo Machado, de 56 anos, disse que o sobrinho deve ser lembrado como uma pessoa “alegre, que sempre quis o bem do próximo”. “Ele já faz muita falta. É um sofrimento profundo. Pessoa muito alegre”, lamentou.