A greve dos trabalhadores do Hospital da Baleia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi encerrada nesta quarta-feira (2 de julho), após a assinatura de um acordo que prevê reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e iniciativas para barrar casos de assédio moral dentro da unidade. O encontro contou com mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região (SINDEESS), a categoria conquistou reajuste salarial de 5,2% e aumento no valor do cartão alimentação, que passa de R$ 111 para R$ 140. Também foi acordada a redução do desconto no valor do almoço, de R$ 40 para R$ 20 por mês.

Outro ponto importante do acordo é a criação de uma mesa permanente para discutir casos de assédio moral dentro da unidade. A iniciativa contará com a participação do superintendente regional do trabalho e será acompanhada pelo sindicato.

A paralisação começou na segunda-feira (30) e levou ao cancelamento de 67 cirurgias, sendo 19 de urgência e cinco oncológicas. Cerca de 50 trabalhadores aderiram ao movimento. A categoria reivindicava, além de reajuste, melhores condições de trabalho e o pagamento correto do piso da enfermagem.

O Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG), que também participou das negociações, declarou apoio aos profissionais da enfermagem e destacou a importância de medidas para garantir a saúde mental e o dimensionamento adequado das equipes.

A gestão do hospital afirmou que os "profissionais devem voltar integralmente aos postos de trabalhado de acordo com as escalas". Ainda segundo a unidade, "a partir de então, espera-se que os atendimentos assistenciais voltem à normalidade".