Professores da rede municipal de Belo Horizonte iniciaram, nesta quinta-feira (3 de julho), um acampamento em frente à sede da prefeitura, na região central da capital mineira. O movimento grevista já se aproxima de um mês e, em assembleia realizada nesta tarde, a categoria decidiu dar continuidade à paralisação. Em nota, a PBH afirmou que apresentou recurso judicial na tentativa de interromper a paralisação (Leia posicionamento completo abaixo)
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"Nós acabamos de instaurar assembleia permanente com acampamento na porta da prefeitura. Estamos aqui esperando o prefeito para negociar. Quando ele chamar, nós vamos ativar a categoria para apreciar a proposta", afirmou Vanessa Portugal, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH).
Ela também destacou que uma nova contraproposta foi aprovada na assembleia e encaminhada ao Executivo municipal. "Além dos 2,49% e as propostas que já são apresentadas, queremos que a prefeitura adiante para 2025 os 2,4% que ela reconhece que existe de perda do governo [Alexandre] Kalil", completou.
Desde o dia 6 de junho, os servidores da educação tentam negociar um reajuste de, no mínimo, 6,27%, percentual que não tem sido aceito pela prefeitura. Segundo o sindicato, professores de quase 90% das escolas municipais aderiram à greve, e 100% das unidades de ensino foram impactadas. Mesmo nas instituições que não estão completamente paralisadas, há profissionais em greve.
Posicionamento
Leia nota da PBH na íntegra
A Prefeitura de Belo Horizonte informa que diante da decisão dos professores da rede municipal de manterem a greve, apresentou nesta quinta-feira (3) recurso judicial na tentativa de interromper a paralisação e evitar que milhares de alunos permaneçam sem aulas. A medida judicial busca ainda evitar a interrupção da alimentação das crianças nas escolas que estão funcionando normalmente ou de forma parcial, já que o sindicato da categoria notificou a PBH sobre uma possível greve dos profissionais de cantina e limpeza a partir da próxima terça-feira, dia 8.
Vale ressaltar que a PBH apresentou novas propostas à categoria durante audiência realizada na quarta-feira (2) no Tribunal de Justiça, mas não houve um acordo. A PBH reafirma a impossibilidade de ultrapassar os limites financeiros já apresentados.