O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) publicou nesta quarta-feira (3/7) uma norma que padroniza os procedimentos em ocorrências envolvendo produtos perigosos. A nova Diretriz Operacional (DO nº 21/2025) define como as equipes devem atuar em casos de vazamentos químicos, incêndios industriais, explosões ou contaminações com substâncias tóxicas.

Risco para cidades com transporte de cargas químicas

A medida é especialmente importante para municípios localizados em rotas de transporte de combustíveis, pesticidas, fertilizantes e outros produtos de alto risco. Também impacta regiões com polos industriais e empresas que armazenam grandes volumes de substâncias inflamáveis ou corrosivas.

O que muda na prática

Segundo o texto, os militares deverão seguir um protocolo padronizado com foco em segurança, comunicação e mitigação dos danos. A diretriz inclui orientações técnicas específicas sobre o uso de EPIs, isolamento da área e acionamento de órgãos de apoio.

  • Identificação imediata do produto perigoso envolvido;
  • Uso de equipamento adequado para cada tipo de risco (químico, biológico, radiológico, etc.);
  • Evacuação segura da população nas imediações;
  • Descontaminação das equipes após a operação;
  • Relatório técnico com análise do evento e medidas tomadas.

Plano de resposta rápida e interagências

A diretriz também reforça a importância da integração com outros órgãos, como Defesa Civil, Polícia Militar, SAMU, Copasa e empresas especializadas em transporte e armazenamento de produtos perigosos. A resposta deve ser imediata e coordenada, com o objetivo de evitar a propagação do dano ambiental ou à saúde pública.

Aplicação em todo o estado

A nova norma já está em vigor e vale para todas as unidades do Corpo de Bombeiros em Minas Gerais. Ela será utilizada tanto em situações reais quanto em treinamentos e simulações.

A diretriz completa pode ser consultada no site oficial do Diário Oficial de Minas Gerais.