A mãe de um aluno invadiu a Escola Governador Milton Campos (Estadual Central), no bairro de Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, e provocou pânico ao ameaçar atear fogo no local nesta sexta-feira (4/7).
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a mulher apresentava um surto psicótico e entrou no estabelecimento de ensino sem autorização. Funcionários da instituição relataram que ela apresentava comportamento extremamente agitado, nervoso e agressivo, proferindo xingamentos e declarações incoerentes, dizendo ser a "rainha Elizabeth e a esposa de Vladimir Putin, presidente da Rússia".
A mulher tentou invadir uma das salas de aula e passou a ameaçar funcionários, professoras e alunos de morte. Com um isqueiro em mãos, ela disse que iria colocar fogo na escola, o que, segundo a corporação, "gerou um clima de terror entre os presentes, sendo necessária a intervenção policial".
Diante da circunstâncias, os militares optaram por acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que avaliou a mulher no local. A PMMG apontou que, devido ao estado psicológico comprometido da mulher e às ameaças, os policiais decidiram deixá-la sob a responsabilidade da equipe do SAMU, que a encaminhou para o Centro de Referência em Saúde Mental (Cersam) Oeste, no bairro Grajaú.
Aluno possui diagnóstico de esquizofrenia
Ainda segundo a Polícia Militar, a direção do colégio acrescentou que o aluno, filho da mulher que invadiu a escola, possui diagnóstico de esquizofrenia. Ele foi encaminhado para o Centro de Referência em Saúde Mental Infanto-Juvenil (Cersami) Centro-Sul, no bairro Santa Efigênia.
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) informou a mãe do estudante foi rapidamente contida pela equipe escolar, que agiu com agilidade para preservar a ordem e a segurança no local.
"A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados, conforme os protocolos previstos, e um Boletim de Ocorrência foi registrado. É importante destacar que não houve qualquer dano à estrutura da escola nem risco à integridade física de estudantes ou servidores. As atividades escolares seguiram normalmente ao longo do dia.
As medidas adotadas seguem as diretrizes do Protocolo de Segurança Escolar, que estabelece ações preventivas e de resposta para situações de risco em instituições de ensino. O protocolo prevê, entre outros pontos, o fortalecimento dos canais de comunicação direta entre escolas e a PMMG, além da articulação entre diferentes órgãos para garantir a proteção da comunidade escolar.
A SEE/MG repudia veementemente qualquer ato de violência, dentro ou fora do ambiente escolar, e reforça seu compromisso com a promoção de uma cultura de paz, diálogo e respeito nas escolas de Minas Gerais", finalizou a pasta.