A velocidade máxima nas pistas centrais da Via Expressa (avenida Presidente Juscelino Kubitschek), no trecho entre a rua Coração Eucarístico de Jesus e a avenida Teleférico, na divisa de Belo Horizonte com Contagem, na Grande BH, foi reduzida de 80 km/h para 60 km/h no dia 17 de junho deste ano. A medida da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) faz parte de um conjunto de ações do Executivo para tornar o trânsito mais seguro na capital mineira. A PBH justifica a medida com a premissa de que velocidades menores reduzem a gravidade dos acidentes.
Conforme levantamento de O TEMPO, a Via Expressa é a 20ª via com mais registros de acidentes na região metropolitana de Belo Horizonte. A via recebeu reforço na sinalização com 20 novas placas, e a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) instalou faixas ao longo do trecho, informando a mudança no limite de velocidade. Além disso, equipamentos de fiscalização eletrônica estão sendo ajustados para o novo limite.
Para o especialista em trânsito Alysson Coimbra, diretor da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (AMMETRA), a medida da PBH é eficaz. Ele explica que o controle de velocidade é um pilar mundial na redução de mortes no trânsito, independentemente do tipo de via. "Cientificamente, a velocidade é comprovada como um fator que potencializa o agravamento das lesões decorrentes de acidentes de trânsito, aumentando o risco de morte instantânea no local. Em um cenário catastrófico como o que enfrentamos no sistema nacional de trânsito, políticas públicas de controle de velocidade — como a fiscalização por radar, a limitação e a redução da velocidade máxima — são medidas que favorecem a preservação de vidas e a segurança do tráfego local", explicou.
Apesar dos argumentos técnicos, alguns motoristas relatam insatisfação com a mudança, principalmente devido ao aumento do tempo de deslocamento. Diante desse cenário e das diferentes opiniões, O TEMPO quer saber: