A Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) solicitou que a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) apresente "informações detalhadas" sobre análises da água, após moradores de Belo Horizonte e da Região Metropolitana reclamarem de gosto de barro.
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Em nota, a agência afirmou que acompanha as manifestações dos moradores e que compreende que "situações dessa natureza geram desconforto e preocupação". "Foi encaminhada solicitação formal à Copasa para que apresente informações detalhadas sobre as análises realizadas, os resultados obtidos e as ações corretivas adotadas ou previstas para as áreas indicadas", esclareceu.
A Arsae-MG ressaltou que não executa análises laboratoriais diretamente, mas cabe a ela fiscalizar o cumprimento dos padrões de potabilidade e avaliar a efetividade das medidas adotadas pela Copasa, com base nos dados e evidências que a empresa é obrigada a fornecer. Assim que a Copasa enviar as informações solicitadas, a Arsae-MG informou que vai verificar se as medidas são eficazes.
"Alterações no sabor e no odor da água podem ter origem em diferentes fatores. Entre eles estão intervenções operacionais, como manutenções emergenciais, lavagens ou descargas na rede, que podem deslocar partículas acumuladas, bem como variações sazonais na qualidade da água bruta, mais comuns no inverno e na estiagem. Quando essas ocorrências se mantêm dentro dos parâmetros de potabilidade, não representam risco à saúde, mas a percepção sensorial da população é legítima e exige tratamento prioritário", acrescentou.
Os moradores ainda são orientados a relatar episódios semelhantes. Para isso, é preciso repassar a data, o local e as características observadas, pois tais informações, segundo a Arsae-MG, "contribuem diretamente para o direcionamento das ações fiscalizatórias e para a cobrança de soluções rápidas e precisas junto à Copasa".
A Arsae-MG foi questionada quanto ao prazo para que a Copasa apresente as informações solicitadas. O retorno é aguardado.
O que diz a Copasa
Em nota, a Copasa informou que a água distribuída em Belo Horizonte, Região Metropolitana e demais cidades onde atua passa por um “rigoroso processo de controle de qualidade” antes, durante e depois do tratamento, atendendo aos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde.
Segundo a companhia, análises foram realizadas nos locais solicitados e, até o momento, não foi identificada nenhuma anomalia. A Copasa reforçou que, em casos de suspeita de irregularidade, os clientes devem acionar os canais oficiais para que equipes técnicas realizem coleta e análise da água.
O atendimento pode ser feito pelo site, aplicativo “Copasa Digital”, telefone 0800 0300 115, WhatsApp (31 9 9770-7000) ou web chat no site.