Durante visita às obras da Casa da Mulher Brasileira em Belo Horizonte, que deverá ser inaugurada em 2026, nesta quarta-feira (28/8), a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, afirmou que a meta do governo federal é fechar o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com 42 unidades da estrutura em funcionamento no país — número quatro vezes maior que o atual, de 11 casas ativas. A expectativa é que seis novas unidades sejam inauguradas ainda em 2025. 

A unidade em construção em BH está localizada no bairro União, na região Nordeste. Com investimento de R$ 17,57 milhões — sendo R$ 10 milhões da União e R$ 7,57 milhões de contrapartida da PBH —, o projeto prevê sete blocos de serviços integrados, incluindo delegacia, juizado, Defensoria Pública, apoio psicossocial, brinquedoteca, alojamento temporário e central de transportes. A estrutura ocupará um terreno de mais de 8 mil m² e oferecerá um atendimento completo, centralizado e humanizado às vítimas.

“É uma obra que de fato vai assegurar os direitos que as mulheres têm a ter uma vida íntegra, a ter o seu corpo protegido. As mulheres que são vítimas de violência vão ser acolhidas aqui e poderão deixar os filhos em segurança enquanto estiverem recebendo atendimento. Teremos psicologia, serviço social, Defensoria, Ministério Público, Patrulha Maria da Penha, delegacia e juizado específico para a mulher, tudo no mesmo local”, destacou a ministra.

Além da capital mineira, em Minas Gerais, Juiz de Fora, na Zona da Mata, também receberá uma unidade. “Já conheci o terreno junto com a prefeita Margarida Salomão. O processo está em andamento. Nosso objetivo é dar segurança e dignidade para que as mulheres possam romper o ciclo da violência”, afirmou Márcia Lopes.

A ministra reforçou a necessidade de esforços compartilhados entre gestores municipais e federais. "Estamos reforçando as campanhas, como o Agosto Lilás. O tema deste ano é: ‘Não deixe chegar no fim da linha. Ligue 180’. Nós sabemos que uma obra tem percalços. Mas quando os três níveis de governo caminham juntos, tudo é mais rápido. O mais importante é garantir que as mulheres tenham uma rede de proteção de verdade. E isso começa com boa gestão e compromisso”, disse.

Atendimento completo e unificado

A proposta da Casa da Mulher Brasileira é oferecer atendimento multidisciplinar e humanizado a vítimas de violência. No mesmo espaço, serão reunidos serviços de acolhimento, apoio psicossocial, delegacia especializada, juizado, Defensoria Pública, Ministério Público, brinquedoteca, alojamento temporário e transporte.

O projeto prevê a construção em terreno de mais de 8 mil m², com sete blocos de serviços em um único pavimento. Também estão previstas áreas de recepção, triagem, estacionamento e obras complementares de acessibilidade e paisagismo.

Durante a visita, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) afirmou que a centralização do atendimento é uma forma de reduzir o sofrimento das mulheres. “Hoje, quando uma mulher é agredida, ela tem que contar a história cinco, seis vezes, passando por diferentes lugares. Aqui, isso vai acabar. Ela será acolhida e cuidada de forma completa em um único espaço. É aqui que ela vai se reencontrar”, disse.

O prefeito também afirmou que o município não tolerará agressões contra mulheres. “Belo Horizonte não tem espaço para agressores. Vamos conversar com todos os secretários e faremos todos os movimentos possíveis para que isso fique claro.”