O vereador de Contagem, Léo da Academia (PDT), informou que esteve no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (8/9) para pedir a análise da água da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) após o surto de diarreia na cidade. Conforme reportagem de O TEMPO, foram registrados 1.696 atendimentos por gastroenterites e Doença Diarreica Aguda (DDA) nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município em menos de um mês, nas semanas entre os dias 11/08 e 04/09.
Segundo postagem do vereador nas redes sociais, há uma denúncia relacionada a um possível quadro de contaminação na rede de abastecimento de água. Moradores do município têm reclamado de um forte gosto de barro e mofo. “Embora a Copasa tenha utilizado carvão ativado no tratamento do Sistema Rio das Velhas e a Arsae tenha declarado que a água está potável, as reclamações persistem, gerando grande insegurança e incômodo à população até a data presente”, publicou.
A solicitação na Justiça tem como objetivo conseguir análises técnico-sanitárias completas da água fornecida, inclusive com relatórios detalhados com exames microbiológicos, físico-químicos e de possíveis contaminantes. “O número de denúncias de gastrenterite tem aumentado. Não tem como provar que o surto tem relação com a água, mas há vários relatos. Recebi também um vídeo de um morador do bairro Milanez que mostra a água barrenta e uma denúncia de gastrenterite no bairro Maracanã hoje”, detalhou.
O parlamentar solicitou que o Ministério Público de Minas Gerais cobre um posicionamento da Copasa. Ele também esteve na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde entregou ao deputado Christiano Xavier (PSD) um pedido para realização de audiência pública. “Uma audiência pública deve ocorrer nos próximos dias, temos alguns assuntos para tratar sobre a Copasa, como: indenizações, vazamentos, morosidade nos atendimentos e vamos incluir a qualidade da água”, finalizou.
Alarmante
No vídeo publicado nas redes sociais, o vereador chama a situação de alarmante. “A água está vindo com odor forte, muita turva”, disse ele. Ainda segundo Léo da Academia, a população hoje tem sofrido com a “péssima qualidade que é a entrega da água para a população de Contagem e da Grande BH”.
A reportagem entrou em contato com a Copasa, com a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae), com a Prefeitura de Contagem e com o MPMG e aguarda retorno.