Operação Polícia Civil

Advogadas são presas por participarem de esquema de tráfico entre Minas e ES

Elas facilitariam informações e ajudavam presos a se comunicar com as organizações criminosas do lado de fora do presídio

Por Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2020 | 21:48
 
 
 
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Duas advogadas foram presas pela Polícia Civil suspeitas de participarem de uma organização criminosa de tráfico de drogas entre Minas Gerais e o Espírito Santo. Uma operação foi deflagrada pelas polícias das duas cidades nesta sexta-feira (23). Outros dois advogados investigados estão foragidos. 

"Investigações conduzidas pela PCMG, por meio do delegado Rômulo Segantini e equipe, indicaram que os suspeitos, contando com apoio dos advogados investigados, estariam comandando um complexo esquema de tráfico de drogas, abastecendo cidades mineiras, entre elas, Divino e municípios limítrofes. Parte da droga também seria enviada para cidades do Espírito Santo", informou a Polícia Civil de Minas. 

Desde o início das investigações, há cerca de dez meses, mais de 30 pessoas foram detidas;  cerca de 30 veículos e quase R$ 100 mil foram apreendidos, bem como outros materiais de interesse investigativo.

De acordo com o delegado Rômulo de Freitas Segantini, os alvos da operação conjunta, deflagrada nesta sexta, também seriam integrantes do grupo suspeito de atuar na prática de tráfico ilícito de drogas em Minas e no Espírito Santo. “Os alvos foram investigados e um homem suspeito de ser o ‘braço direito’ de outro investigado apontado como líder do PCC no Estado do Espírito Santo. Inclusive, em desfavor desse líder, foi cumprido mandado de prisão preventiva na primeira fase da investigação”, explica.

De acordo com as investigações, os advogados seriam suspeitos de serem responsáveis por coletar e por transmitir recados escritos ou ditados pelos presos com conteúdo criminoso. “Desde a apresentação de traficantes para fornecedores de drogas até a articulação do envio dos entorpecentes, distribuição de tarefas e efetivação de pagamentos. Os destinatários desses bilhetes seriam outros membros da organização, dois destes também já presos na primeira fase e que ficavam encarregados de articularem junto a outros investigados o transporte das drogas”, conta.

 “Sem perder de vista outros direitos e bens jurídicos que também estavam em jogo. As condutas, em tese, praticadas pelos advogados são casos isolados e não representam os valores cultivados e difundidos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), cuja regra é a existência de profissionais extremamente comprometidos com o exercício da advocacia e cientes do relevante papel social que têm na sociedade”, complementa.

Com assessoria de imprensa da Polícia Civil 

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