Aluno que foi expulso de escola ameaça diretora com revólver para assistir aula

Um adolescente de 17 anos foi detido na noite dessa segunda-feira (9) após ameaçar a diretora da Escola Estadual Carlos Drummond, no bairro Floramar, região Norte da capital. Segundo a Polícia Militar, após ser expulso por vandalismo, ele voltou ao colégio armado querendo estudar.

Três colegas dele, que têm entre 15 e 17 anos, contaram que o rapaz foi expulso do colégio há um mês por jogar bombas no local. No entanto, por volta de 19h dessa segunda, quando começam as aulas do período noturno, o adolescente estava decidido a entrar e foi à escola levando um revólver calibre 32.

Quando chegou na entrada da instituição, ele foi impedido de entrar e chamou a diretora. Ela disse que ele realmente não poderia entrar por ter sido expulso. Neste momento, o adolescente sacou a arma e ameaçou a mulher, que o deixou entrar.

Dentro da instituição, o ex-aluno se escondeu e a diretora chamou a Polícia Militar. No entanto, ele não foi encontrado durante as aulas, que transcorreram normalmente. Após o término do período noturno, o adolescente foi detido em um dos corredores da escola, com a arma do crime carregada.

O menor contou aos militares que comprou a arma por R$ 800,00 no centro da capital e que já havia sido preso por furto. A diretora, de 52 anos, teme retaliações de criminosos da região. O caso foi encerrado na CIA por ato análogo de ameaça e porte de arma.

Histórico de violência
As colegas do adolescente também disseram que este tipo de confusão é comum na escola no período noturno. "Já teve mais de um caso de gente entrando armada aqui e casos de brigas entre alunos. Inclusive, uma menina brigou com uma colega há alguns dias atrás e acabou apanhando. Aí ela disse que quinta-feira vai voltar aqui pra acertar as contas com ela. Eu não duvido nada, essa menina já puxou uma faca pra uma diretora uma vez", disse uma das alunas.

Outra colega do adolescente contou que todos os alunos que protagonizam alguma confusão na escola já tiveram passagens pela polícia. "Esse menino mesmo, no celular dele tem uma foto dele com a namorada e uma arma em punho. Ele já tinha vindo com a arma pra escola, só não tinha mostrado ela ainda", disse.

As adolescentes também relataram o caso de uma professora que precisou ficar de licença por ter tido síndrome do pânico após um aluno jogar uma bomba nela.