Intoxicação

Amostras de churrasco que terminou com morte serão enviadas para análise em BH

As investigações começaram após sete funcionários de uma empresa passarem mal durante uma confraternização

Por Raíssa Oliveira
Publicado em 16 de janeiro de 2024 | 13:16
 
 
 
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Amostras de bebidas e alimentos coletadas no churrasco, que terminou com um homem morto e seis pessoas internadas após suposta intoxicação alimentar, no sábado (13 de janeiro), em Patrocínio, no Alto Paranaíba, serão encaminhadas para análise em Belo Horizonte. A informação foi divulgada pela Polícia Civil (PCMG) nesta terça-feira (16 de janeiro). 

A delegada Patrícia Amaral, que conduz as investigações, afirmou que a perícia foi ao local após o caso ser notificado e coletou amostras de bebidas alcoólicas consumidas e de alimentos ingeridos no local. “Este material está sendo encaminhado para Belo Horizonte para análise”, disse.

Conforme a delegada, os exames vão averiguar se há a presença de agentes biológicos ou químicos nos produtos alimentícios, que possam ter causado a reação das vítimas. 

As investigações começaram após sete funcionários de uma empresa passarem mal durante uma confraternização. Um homem de 37 anos sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. A vítima seria o vendedor Wagner Orlandeli Martin, de 37 anos. 

As outras vítimas foram internadas na Santa Casa de Patrocínio. Uma pessoa recebeu alta no domingo. Outros quatro pacientes seguem internados. Um deles está na Unidade de Terapia Intensiva  (UTI), e respira com auxílio de ventilação mecânica. O quadro é estável. Outras três pessoas estão internadas na enfermaria, sendo que duas delas receberam alta da UTI ontem. "Todos os três passam bem", informou a unidade.

Um paciente, que seria um dos donos da empresa, foi transferido para o Hospital João XXIII, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, em estado grave, na tarde dessa segunda-feira (15 de janeiro). 

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que a análise das amostras biológicas, pelo Instituto Médico Legal, e bromatológicas, pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais, da Fundação Ezequiel Dias (Funed), ainda está em andamento.

O que aconteceu?

De acordo com a PM, as vítimas são funcionários de uma empresa e estavam na chácara para uma confraternização. Segundo relato de testemunhas à PM, no local, após uma palestra motivacional, foram servidos churrasco, arroz, feijão tropeiro, vinagrete, mandioca e bebidas (incluindo chopp, campari, suco, água e refrigerante).

Eram 13 participantes, sendo que alguns deles pernoitaram no local e outros foram embora no mesmo dia. Na manhã de sábado (13), uma das vítimas começou a vomitar e convulsionar, sendo socorrida por um colega até o pronto-socorro.

O que eles comeram?

A festa, que reuniu cerca de 12 convidados, tinha carne assada, petiscos e chopp. Os alimentos foram comprados pelos próprios participantes da confraternização e preparados por um churrasqueiro. Sete pessoas sofreram intoxicação alimentar e passaram mal. 

Todas as pessoas que foram hospitalizadas sentiram mal estar, enjoo e vômito.

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