CIDADES

Aparece suspeito de atropelar casal

Motorista alega que tentou se desviar de animal na estrada e acabou atingindo ambientalista e a mulher dele.

Por RAPHAEL RAMOS
Publicado em 31 de outubro de 2006 | 00:02
 
 
 
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Vinte e cinco dias após a morte do biólogo Eduardo Marcelino Ventura e da mulher dele, Simone Furtuni Abras, que foram atropelados na MGT-474, entre os municípios de Ipanema, na Zona da Mata, e Aimorés, no Vale do Rio Doce, a polícia conseguiu esclarecer as circunstâncias do crime.

Na manhã de ontem, o cigano Luciano Costich, 33, principal suspeito de atropelar o casal, se apresentou à polícia, no Departamento de Investigações (DI) de Belo Horizonte.

Costich já tinha mandado de prisão temporário expedido e compareceu à delegacia juntamente com o advogado dele. Aproveitando da lei eleitoral que proíbe a prisão num período de até 48 horas após a data da eleição, o acusado prestou depoimento e contou o que aconteceu no início da noite do último dia 5 de outubro.

Segundo o delegado Wagner Sales de Souza, da Divisão de Crimes contra a Vida (DCcV), que participou das investigações, o acusado contou que trafegava na rodovia junto com a companheira quando um animal passou na frente do veículo.

Costich disse que tentou se desviar do bicho e perdeu o controle do carro, atropelando o casal que fazia caminhada na estrada.

O delegado Wagner afirmou que o depoimento prestado por Costich condiz com os dados apurados durante as investigações e que a hipótese levantada pelas famílias das vítimas de crime encomendado foi totalmente descartada. Ele disse que o cigano não tem ligação com ninguém do município de Ipanema.

"Foram encontrados fragmentos do carro na rodovia e também o perito constatou a presença de tinta branca no cabelo de uma das vítimas. Juntando isso com as informações testemunhais, descobrimos que o veículo era um Montana branco. Como não há nenhum registro da venda desse carro em concessionárias da região e nos registros de veículos, concluímos que se tratava de alguém de fora da cidade, por isso, chegamos ao cigano", explicou o delegado.

Dias depois do crime e após ser reconhecido por uma testemunha, a foto do acusado chegou a ser publicada na imprensa, o que, segundo a polícia, pode ter contribuído para que ele tomasse a decisão de se apresentar.

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