O rompimento da barragem I da mina do Córrego de Feijão, em Brumadinho, espalhou lama em uma área de aproximadamente 290 hectares, o que representa cerca de 300 campos de futebol. A informação foi divulgada pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) nesta terça-feira (29), que detalha ainda que a lama percorreu nove quilômetros desde o ribeirão Ferro-Carvão até desaguar no Rio Paraopeba.
De acordo com o órgão, além da área administrativa da mineradora, foram diretamente atingidos bairros e comunidades próximas, pousadas, áreas de cultivo, pastagens, estradas e vias rurais da região.
As áreas atingidas pela lama estão sendo feitas por meio da análise de imagens de satélite e analisadas por profissionais da Semad.
Medidas emergenciais de resgate
Segundo o Sisema, o trabalho da fauna impactada pela lama do rompimento da barragem tem sido feito desde sábado (25), um dia após o rompimento. Na ocasião, já foram determinadas medidas emergenciais relativas ao resgate da fauna silvestre terrestre e aquática.
O resgate, entretanto, tem sido feito pela Vale com o acompanhamento do Instituto Estadual de Florestas. O último órgão, aliás, tem feito a identificação da área de vegetação suprimida, que está inserida em grande parte no Bioma Mata Atlântica.
Além disso, imagens de satélite têm feito dimensionamento da quantidade de vegetação afetada para compor um diagnóstico que será usado como parâmetro para as ações de reparação de dano, posteriormente cobradas da mineradora.