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Áreas de risco de enchente serão 100% vigiadas em Minas

Centro de monitoramento vai reunir dados das principais bacias com risco de enchente em Minas

Por johnatan castro
Publicado em 27 de março de 2014 | 03:20
 
 
 
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Municípios localizados às margens das bacias dos rios das Velhas, Paraopeba e Paraíba do Sul poderão ser alertados sobre a ocorrência de enchentes com até 24 horas de antecedência. A prevenção será possível graças à Sala de Situação de Eventos Hidrometeorológicos Críticos, inaugurada ontem, na Cidade Administrativa, na capital. Mesmo sem precisar quantas cidades serão beneficiadas, o governo de Minas garante que todas as áreas com risco de inundações serão cobertas pelo novo projeto.

A possibilidade de cheia será detectada por meio das 20 novas estações de monitoramento que serão espalhadas pelos leitos dos rios em até dois meses. Cada unidade é formada por pluviômetros e sensores automáticos e será responsável por enviar à Sala de Situação o nível e a vazão de cada rio. Na bacia do rio das Velhas, serão beneficiadas cidades entre Belo Horizonte e o Norte de Minas. Já a bacia do rio Paraopeba engloba principalmente as cidades de Betim e Brumadinho, na região metropolitana. A bacia do Paraíba do Sul abrange toda a Zona da Mata. O equipamento custará cerca de R$ 1 milhão e será pago pela Agência Nacional de Água (Ana).

Dois novos radares meteorológicos também vão compor o sistema até o fim do ano. Previstos para o segundo semestre, eles poderão prever mudanças climáticas, como a formação e a localização de tempestades.

Alertas. A diretora geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Marília Melo, explica que, para analisar as informações vindas dos equipamentos, sete meteorologistas, três engenheiros e um técnico trabalharão 24 horas por dia. Todas as prefeituras foram cadastradas no sistema e uma reunião semanal será feita com a Defesa Civil. “O grande resultado da sala será compilar dados, potencializá-los e alertar a Defesa Civil”, afirmou.


Detalhes

Estrutura. Atualmente, só as bacias dos rios Doce e Sapucaí são monitoradas pelo Igam. Já o governo federal possui outros 55 pontos de monitoramento em Minas. Informações de todas as unidades serão concentradas na nova sala.

Seca. A sala de situação monitorará períodos de seca. O controle será feito com base em séries históricas, e os alertas serão emitidos meses antes do pior período. 

Semana das Águas. Hoje, termina a Semana das Águas, realizada na UFMG. O Mapa da Qualidade das Águas de Minas, que mede a poluição dos rios, será apresentado no evento.

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